SEGURANÇA PÚBLICA: Políticas adotadas pelos últimos governos contribuíram para aumento da violência no país, afirma especialista

Das 30 cidades mais violentas do Brasil, 18 são do Nordeste.

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LOC.: O alto índice de assassinato de jovens no Brasil tem preocupado a sociedade ao longo dos últimos anos. Entre 2005 e 2015, 318 mil pessoas, com idade entre 15 e 29 anos, foram assassinadas no país. Apenas em 2015 foram mais de 59 mil homicídios. Os dados são de um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta segunda-feira (5).

O mapa, na avaliação do especialista em segurança pública, Bene Barbosa, mostra que nos últimos 10 anos, as políticas de segurança adotadas pelos últimos governos não foram capazes de diminuir o índice de violência no Brasil.

TEC./SONORA: Bene Barbosa, especialista em segurança pública

“Os dois últimos governos, principalmente de Lula e de Dilma, tiveram aí aplicação máxima nas questões puramente ideológicas na segurança pública. Então se abandonou tudo que no mundo é feito, dá certo e reduz a criminalidade, para se aplicar uma fórmula absolutamente ideológica, que como nós prevíamos não traria nenhum benefício. Muito pelo contrário. O pior de tudo é você ver depois de tantos fracassos, pessoas e alguns até especialistas, reafirmando que isso está correto.”

LOC.: Das 30 cidades mais violentas destacadas no estudo, 18 são do Nordeste. A região, de acordo com Bene Barbosa, apresentou boa adesão à campanha do Estatuto do Desarmamento, mas, mesmo assim, continuou sofrendo com os altos índices de violência.

TEC./SONORA: Bene Barbosa, especialista em segurança pública

“E o Nordeste também é a região onde há o menor número de armas legalmente registradas no país. Por tanto, mais aí uma farsa que cai por terra, que é aquela ideia de que é o cidadão honesto, com a sua arma registrada, que comete crimes.”

LOC.: De acordo com a pesquisa, a maioria das vítimas de assassinatos durante o período analisado foram homens jovens e negros.

Reportagem, Marquezan Araújo

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