SAÚDE: Tabagismo pode custar aos países mais de US$ 1 trilhão por ano, diz OMS

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REPÓRTER: O tabagismo custa à economia global mais de um trilhão de dólares por ano e até 2030, vai matar um terço a mais de pessoas do que agora. Os dados foram informados pela Organização Mundial da Saúde, a OMS, e pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos da América. O relatório, divulgado nesta terça-feira (10), cita os impactos do fumo na economia dos países e na saúde da população. De acordo com o Coordenador do Programa de Controle do Tabagismo do DF, Celso Antônio Rodrigues da Silva, aqui no Brasil, o custo com o tratamento das doenças relacionadas ao cigarro supera o que a Secretaria de Fazenda recebe de impostos da indústria tabagista.

SONORA: Coordenador do Programa de Controle do Tabagismo do DF, Celso Antônio Rodrigues da Silva 

“Enquanto que a indústria do cigarro ganha do governo 6 bilhões e 300 milhões de reais aqui no Brasil, o custo para a saúde sai por 23 bilhões de reais. Quando chegar em 2030, as coisas vão estar, em cada país, um absurdo de despesas, completamente desnecessárias e dando um prejuízo financeiro global”.

REPÓRTER: Segundo o estudo, se os países eliminassem o marketing que incentiva o uso do tabaco e aumentassem os impostos de cigarros em 0,8dólares por pacote, poderiam gerar um aumento nas receitas em 47 por cento ou o equivalente a 140 bilhões de dólares. O aumento dessas taxas elevariam os preços dos cigarros e isto estimularia o declínio do hábito de fumar para pelo menos 66 milhões de fumantes adultos. Em todo o mundo mais de um bilhão de fumantes tem até 15 anos e 226 milhões são pobres. As pessoas entre 39 e 60 anos de idade são as que mais morrem por conta do tabagismo, como explica Celso Antônio Rodrigues da Silva.

SONORA: Coordenador do Programa de Controle do Tabagismo do DF, Celso Antônio Rodrigues da Silva 

“A idade que mais mata é a idade entre 39 e 60 anos, na idade mais produtiva do ser humano. Então, isto é uma realidade e que a sociedade tem que tomar consciência para que os fumantes venham procurar um tratamento o mais cedo possível e, ao mesmo tempo, estes adultos sirvam como exemplo para estimular o jovem a não começar a fumar”.

REPÓRTER: De acordo com o documento divulgado pelo IBGE e pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos da América, atualmente, seis milhões de pessoas morrem por ano de forma prematura por conta do fumo e a maior parte delas, vive em países em desenvolvimento.

Reportagem, Cintia Moreira
 

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