SAÚDE: Psicólogo que teve Chikungunya diz que pensou que iria morrer de tanta dor

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LOC.: O número de casos de Chikungunya cresceu dez vezes entre 2015 e 2016 no Brasil e, até novembro, o país registrou 250 mil casos. Das doenças transmitidas pelo mosquito responsável pela Dengue e Zika, a Chikungunya é a que mais preocupa o Ministério da Saúde para o próximo verão. É que como até agora a maioria das pessoas não teve Chikungunya, quase ninguém está imune à doença. O psicólogo Luiz Henrique de Abreu teve Chikungunya em março. Houve dias em que chegou a ir ao hospital quatro vezes por causa de tanta dor que sentia, o que o fazia pensar que iria morrer ou ficar inválido.

TEC./SONORA: Luiz Henrique de Abreu, psicólogo

“Mas as dores, geralmente, apareciam à noite. Eu dormia com os sintomas, o corpo muito duro, todo enrijecido, todo doído, com dificuldade para andar... aí, quando era pra ali duas e meia , três horas da manhã, eu acordava com uma dor absurda nas mãos, nos dedos das mãos...mas assim, dor indescritível, coisa que eu nunca tinha sentido antes, desesperadora, e eu tinha que levantar, porque quando eu andava dentro de casa, a dor amenizava um pouco, junto com os remédios que eu tomava. Por exemplo, Dipirona aconselham aí 40 gotas, a coisa só melhorava um pouco quando eu tomava umas 50 gotas.”


LOC.: Além das dores, foram pelo menos cinco meses de coceiras e manchas pelo corpo e febre de trinta e nove graus. Luiz Henrique teve que parar de trabalhar, pois não conseguia ficar sentado no consultório de psicologia, ouvindo o que os pacientes diziam. Parou também de fazer as caminhadas e os consertos em instalações elétricas, que tanto gosta. Até hoje tem sequelas da Chikungunya, mas adquiriu uma certeza em relação ao mosquito que transmite a doença.

TEC./SONORA: Luiz Henrique de Abreu, psicólogo

“Penso que o cuidado, por mais que seja, é pouco. Porque a gente sabe, a gente tem visto que é um mosquitinho, mas ele está matando, e ele mata ou pode debilitar a pessoa pro resto da vida, e tirar a pessoa de cena. Então, eu acho que o cuidado, a prevenção, pelo o que a gente vê, é a única coisa que a gente tem que fazer realmente. É usar repelente, cuidar dos quintais, evitar mesmo o lixo...”


LOC.: O psicólogo Luiz Henrique Abreu mora em um bairro de classe média, em Belo Horizonte, onde a coleta de lixo é regular e os moradores procuram tomar cuidado em relação ao mosquito que transmite a Dengue, a Chikungunya e o Zika, mas o mosquito que o picou veio de uma obra ao lado do prédio em que ele mora e que tinha água acumulada, escondida embaixo das lajes. Portanto, o menor descuido com o mosquito pode significar doença, e dependendo do caso, morte. Saiba mais sobre cuidados e prevenção em saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde, Governo Federal.

 

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