SAÚDE: Mãe relata preconceitos e dificuldades que sofre após filha nascer com microcefalia

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LOC.A pequena Diana Lorena tem apenas um ano de idade e foi uma das vítimas do Zika, doença causada pelo mesmo mosquito transmissor da Dengue. Sua mãe, Gisleangela Santos, pegou o vírus em Girau do Panciano, em Alagoas. A auxiliar administrativa acredita que ficou doente por causa dos focos que existem na rua de casa. O chão não é asfaltado e muitos vizinhos não fazem a limpeza correta dos bebedouros de animais.
Apesar da doença, a gravidez de Gisleangela foi tranquila. Ela nem imaginava que sua bebezinha poderia estar com algum problema, até que, durante um exame de rotina, recebeu a notícia que a bebê tinha microcefalia.  
TEC./SONORA: Gisleangela Santos, auxiliar administrativa
“Com oito meses eu fui fazer ultrassom, e um dia antes eu fiquei pensando na minha cabeça, sozinha, essa palavra: ‘microcefalia, microcefalia’. Eu estava assustada. Fui ao médico e ele me perguntou como eu estava e eu disse que estava preocupada, porque eu tinha pegado o Zika. Aí, durante o exame, ele me perguntou com quantos meses eu tive o vírus, meu coração gelou. Eu respondi com uns dois, três meses. Aí ele disse que, realmente, ela tinha microcefalia.” 
LOC.: Apesar da notícia, Gisleangela reuniu forças para encarar a situação. Ela teve o apoio de toda a família, principalmente do marido e da filha mais velha. Mesmo assim, nenhuma etapa dessa jornada foi fácil. Quando Diana Lorena nasceu, a Gisleangela se sentiu muito perdida. Ela não sabia o que fazer com a bebê, mas sabia que a filha precisava de cuidados maiores. 

A partir daí, a rotina mudou. Gisleangela começou a levar Diana para fazer fisioterapia em Maceió, que fica a 180 quilômetros da cidade de Girau do Ponciano. Ela só conseguia o transporte com ajuda da prefeitura. Atualmente, a bebê faz fisioterapia em um município mais próximo, uma vez por semana. Os desafios são grandes, mas cada evolução de Diana faz valer a pena todos os esforços. 
 TEC./SONORA: Gisleangela Santos, auxiliar administrativa
“Ela é bem lenta. Mas mesmo assim o médico disse que a evolução dela é muito boa, porque graças Deus ela não tem convulsão, espasmos. Então, se comparado a outras crianças é bom, porque ela enxerga bem, ouve bem. Só que ela tem que estar sempre acompanhada.” 
LOC.: Mas nem sempre foi fácil aceitar que sua pequena menina tinha microcefalia. Quando Diana Lorena nasceu, a família queria tirar fotos e publicar nas redes sociais. No começo, Gisleangela  não permitia que ninguém fizesse isso e queria esconder a filha. Foi um longo caminho até que a mãe percebesse que isso não era o certo a se fazer. Aceitar a bebê era o primeiro passo para lutar contra o preconceito. Gisleangela conta como é a relação de pessoas desconhecidas com a filha. 
TEC./SONORA: Gisleangela Santos, auxiliar administrativa
“Primeiro, eu acho que as pessoas são muito preconceituosas. E tem umas pessoas que vêm com algumas perguntas chatas. E o que eu acho pior que perguntar, é a pessoa chegar com aquele olhar de preconceito.” 
LOC.: A história da Gisleangela e da Diana Lorena é só um exemplo do que o mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya pode causar a uma família.
Por isso, toda a população precisa fazer a sua parte e não deixar água parada acumulada em casa. Para saber mais, acesse: saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde, Governo Federal. 

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