SAÚDE: Entidades religiosas entram na guerra contra o Aedes

Mutirões de combate são realizados por fiéis

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REPÓRTER: Não importa a crença religiosa quando o assunto é eliminar o Aedes aegypti. Entidades religiosas de todo o país enxergam o problema e entendem que é dever de todos cuidar para que o mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya seja exterminado.Líderes religiosos do Brasil inteiro já orientam os fiéis a eliminarem criadouros do inseto. Em Coronel Fabriciano - Minas Gerais, por exemplo, A igreja Chama do Avivamento tem discutido o tema com os fiéis e alertado sobre os riscos que o mosquito representa. O pastor e presidente do Conselho de Pastores de Coronel Fabriciano, Mauro Feliciano, ressalta a importância de conscientizar os fiéis sobre o combate ao Aedes.
SONORA: Presidente do Conselho de Pastores de Coronel Fabriciano, Mauro Feliciano
“O que nós temos batido muito aqui na igreja é à cerca dessa construção de uma sociedade mais saudável e nós sabemos que isso faz parte de um conjunto de objetivos da nossa federação. Só que isso não depende só do governo, depende da sociedade num todo. A importância de falar sobre o combate ao Aedes aegypti nesse contexto é isso, é porque a coisa se distribui muito bem quando a sociedade se organiza.”
REPÓRTER: Os católicos também estão envolvidos e lutam contra o mosquito. Durante as missas, padres e bispos dão dicas de como não deixar o mosquito nascer e pedem para que todos levem a orientação para casa. Mutirões de limpeza são promovidos pela comunidade católica nos bairros das cidades brasileiras.  O bispo Dom Pedro José Conti, representante da diocese de Macapá, no Amapá, lembra que é dever de todos combater o mosquito.
SONORA: Bispo Dom Pedro José Conti, representante da diocese de Macapá
“Nós não sabemos quem vai ser atingido ou não. Colaborar, isso é foda de discussão. Não dá para lavar as mãos e dizer e dizer que não tem na a ver. Nós também somos responsáveis e queremos lutar pela saúde de todos.”
REPÓRTER: Quem também entrou na guerra contra o Aedes aegypti foram as entidades da Jurema, religião de origem indígena. Segundo a tradição da Jurema, a água é um elemento sagrado, então é comum a utilização de copos e potes de água durante os encontros. Os juremeiros têm a consciência de que esses recipientes podem se tornar criadouros do Aedes. Mas é possível manter a tradição e viver livre das doenças transmitidas pelo mosquito, como explica o sacerdote da Jurema, em Olinda – Pernambuco, Alexandre L'Omi L'Odò.
 
SONORA: Sacerdote da Jurema, Alexandre L'Omi L'Odò
“A gente hoje dissemina a seguinte questão: mudar as águas de três em três dias ou então cobrir as taças (príncipes e princesas) com papel filme, preservando assim. Ou então pondo larvicida dentro dos príncipes e das princesas.”
REPÓRTER: Os integrantes da jurema também realizam mutirões de combate ao Aedes. É dessa forma que cada religião luta contra o mosquito em todo o Brasil. As crenças podem até ser diferentes, mas a vontade de vencer o mosquito é o verdadeiro objetivo de todos. É agindo dessa forma que o país vai conseguir se livrar do Aedes aegypti. Para saber mais sobre dengue, Zika e chikungunya acesse o site www.combateaedes.saude.gov.br
Reportagem , Marquezan Araújo

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