SAÚDE: Depressão atinge 350 milhões de pessoas no mundo

O estudo mais recente sobre a depressão realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que 5% da população mundial, aproximadamente 350 milhões de pessoas sofrem de depressão.  

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REPÓRTER: Quem nunca se sentiu triste, sem ânimo, pelo menos uma vez na vida. Os motivos podem ser os mais variados, doença na família, problemas na relação afetiva, dívidas, conflitos no emprego, entre tantas outras razões. Mas para 350 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, essa tristeza não é passageira, elas são vítimas da depressão. A publicitária Luíza Nascimento, nome fictício, descreve até que ponto chegou quando teve depressão.
 
SONORA: Luiza Nascimento.
 
“Fui diagnosticada, recebi o carimbo da psiquiatra que eu tinha depressão, então eu arrancava o cabelo, tive fobia social, tive compulsão alimentar, e tudo assim, ao longo da infância e adolescência e até com dezoito anos, eu tava tão pior que eu tentei me matar, e eu tentei me matar porque eu me sentia tão mal e eu falei; não existe saída, ninguém está conseguindo me ajudar”.
 
REPÓRTER: Recentemente cientistas pesquisadores da instituição de ensino de Londres, a Kings College, desenvolveram um exame de sangue que pode prever se as pessoas com depressão vão responder bem a tratamentos com os antidepressivos mais comuns. De acordo com os pesquisadores, o teste mede o nível de inflamação no sangue da pessoa. O Coordenador de Saúde do Tribunal de Justiça do Pará, psicólogo Manoel de Christo Alves Neto, ressalta que existe diferença entre depressão e tristeza e alerta para alguns sinais que podem indicar um principio de depressão.
 
SONORA: Coordenador de Saúde do TJPA, psicólogo Manoel de Christo Alves Neto.
 
“Agora é importante fazer uma diferença entre depressão e tristeza. Hoje é muito comum, ninguém pode ficar triste que imediatamente se autodenomina ou é taxado de deprimido, de depressivo, no que diz respeito à depressão existem alguns sinais que para os profissionais são muito claros e pra quem está no dia a dia nem sempre isso fica tão nítido, por exemplo, é muito comum uma perda de ânimo, uma falta de vontade de tomar iniciativa. Frequentemente na depressão há uma alteração no sono, ou a pessoa fica muito sonolenta ou ela não consegue dormir”.
 
REPÓRTER: Segundo a Organização Mundial da Saúde, a depressão atinge 2% das crianças e até 5% dos adolescentes no mundo, mas os sintomas podem ser facilmente confundidos com características naturais da idade. O psicólogo Manoel de Christo destaca que o tratamento para quem sofre de depressão geralmente é combinado psicoterapia e medicação.
 
SONORA: Psicólogo Manoel de Christo Alves Neto.
 
Em geral o tratamento ele é combinado entre medicação e psicoterapia, as vezes uma depressão leve é suficiente a psicoterapia, as vezes não e ai vai depender dos recursos pessoais que se tem, da rede de apoio familiar, social, religioso,  enfim, das redes de relação que a pessoa tem”.
 
REPÓRTER: O Coordenador de Saúde do Tribunal de Justiça do Pará, psicólogo Manoel de Christo ressalta ainda que os antidepressivos não causam dependência química. 
 
SONORA: Psicólogo Manoel de Christo Alves Neto.
 
Os antidepressivos não causam dependência química, você trata, toma durante um tempo, os sintomas desapareceram você vai manter a dosagem, ainda uma dose de manutenção, vai desmamando da medicação aos poucos, não pode tirar derrepente, mesmo que você não esteja mais com os sintomas, você vai diminuindo aos poucos por orientação médica, até que você possa ficar sem a medicação. A medicação atua no sintoma, mas ela não atua na sua personalidade, na forma com que você se relaciona  com o mundo, daí a importância da psicoterapia, e, efetivamente tratado, resolve”.
 
REPÓRTER: O estudo mais recente sobre a depressão realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que 5% da população mundial, aproximadamente 350 milhões de pessoas sofrem de depressão, e que até 2030, a doença seja a mais comum do mundo, à frente de câncer e problemas cardíacos. No Brasil, a depressão atinge 10% dos brasileiros, mas apenas 4,2% sabem que tem a doença. De acordo com o psicólogo Manoel de Christo sempre, ao perceber sintomas de uma possível depressão, o melhor caminho sempre é buscar ajuda.
 
Reportagem, Storni Jr. 

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