SALINÓPOLIS (PA): Apenas 12% das meninas entre 11 e 13 anos tomaram segunda dose da vacina contra HPV, no município

Meta do Ministério da Saúde é de imunizar 75% das meninas entre 11 e 13 anos com segunda dose da vacina contra HPV que está disponível nos postos de saúde, de Salinópolis 

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

REPÓRTER: Meninas de 11 a 13 anos, que moram na cidade de Salinópolis, precisam tomar a segunda dose da vacina contra o HPV, vírus que causa o câncer do colo do útero. O município está com 12 por cento da meta estabelecida pelo ministério da Saúde, que é de no mínimo 75 por cento. Dados do Instituto Nacional do Câncer revelam que, em 2015 existe um risco de 15 casos de câncer no útero para um grupo de 100 mil mulheres, em todo país. Na região Norte, onde a incidência é ainda maior,  esse número sobe para 23. De acordo com o médico oncologista do Inca, Olímpio Ferreira de Almeida, isso acontece por falta de informação sobre os riscos da doença, além de pouca infraestrutura para atender as comunidades ribeirinhas. Ele afirma que a população precisa de informação clara sobre a doença e tranquiliza os pais quanto aos efeitos da vacina.

SONORA: Médico, Olímpio Ferreira de Almeida
 
“A vacina, ela não tem problema, não faz mal. Os efeitos que ela tem são mais de fundo emocional. Às vezes tem pacientes que só o fato de aparecer sangue, ela desmaia. Esses efeitos que saem às vezes na imprensa, que poderiam ser associados à vacina, não existem. A vacina não dá efeitos colaterais. O máximo que ela dá é dor local ou alguma vermelhidão local. E isso aí, todas as vacinas podem produzir esses efeitos.”
 
REPÓRTER: A proteção contra o vírus HPV é feita em três etapas: a segunda dose é aplicada seis meses após a primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira vacina. Ainda de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, somente em 2015, cerca de novecentas mulheres devem ser diagnosticadas com câncer no colo do útero em todo estado do Pará. A enfermeira, Luana Noronha, coordenadora do projeto, Saúde na Escola, do Município de Salinópolis, reforça a importância da vacina e lembra que o câncer no colo do útero tem acometido mulheres cada vez mais novas.
 
SONORA: Luana Noronha, coordenadora do projeto Saúde na Escola, de Salinópolis
 
"É uma vacina que, ela já está há muito tempo no mercado, ou seja, não tem nada constatado que aqueles eventos adversos sejam relacionados com a vacina. Pelo contrário, tem bastantes estudos que comprovam a eficácia dela contra a prevenção de uma doença que pode levar a um câncer. A maioria das mulheres acometidas pelo HPV está numa faixa etária de 20 a 30 anos.”
 
REPÓRTER: Além da vacina contra o HPV, toda mulher em idade adulta deve realizar o exame preventivo, o papanicolau. Já no mês de janeiro, meninas a partir dos nove anos de idade devem receber a primeira dose da vacina, os pais devem acompanhar as filhas até um posto de saúde mais próximo ou na unidade que fica na Vila do Derrubadinho, no centro de Salinópolis.
 
Repostagem, Rodrigo Santos

Receba nossos conteúdos em primeira mão.