TEC: Trilha (BG)
LOC: Os quatro maiores municípios gaúchos estão mobilizados para ampliar a aplicação da segunda dose da vacina contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV, em meninas com idades entre 9 e 11 anos. A vacina contra o HPV é a principal forma de prevenir o câncer do colo do útero, uma da doença que mata mais de cinco mil mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer, o Inca. Porto Alegre, Caxias do Sul, Pelotas e Canoas, têm o desafio de superar as taxas de vacinação registradas na primeira fase da ação. Na capital, menos de 50 por cento das jovens desta faixa etária tomaram a primeira dose da vacina. A coordenadora de imunização do município, Patrícia Couto, explica como está funcionando a estratégia para vacinar as adolescentes porto-alegrenses.
TEC: Patrícia Couto, coordenadora de imunização de Porto Alegre.
“Então, nós estamos em um trabalho intensificando a vacinação com a educação nas escolas. A nossa estratégia é mista, a gente vacina nas escolas e nas unidades e também nós estamos disponibilizando vans, veículos para que algumas escolas levem as meninas da escola para a unidade de saúde. Então a gente está fazendo na verdade três ações para tentar resgatar o número de meninas que ainda está bem abaixo do preconizado.”
TEC: Sobe e Desce (BG).
LOC: O esquema vacinal é dividido em três doses e só tomando todas elas, a adolescente estará livre do vírus HPV. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabela Balallai afirma que a vacina é segura e explica como a imunização age no corpo.
TEC: Isabela Balallai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.
A vacina HPV é como todas as outras vacinas, desde a época de Jenner, que foi quem inventou a vacina, o que a gente faz, a gente apresenta ao sistema imunológico o antígeno, que é o que faz parte da vacina. No caso da vacina HPV, o antígeno é uma partícula que imita o vírus, mas é oca, ela não contém nenhum conteúdo genético e, portanto ela não é capaz de causar a doença. Ela engana, entre aspas, o sistema imunológico que entende que está diante do vírus de verdade e produz anticorpos, e esses anticorpos são nossas defesas, então, a vacina HPV, como todas as outras vacinas, apresenta ao sistema imunológico um antígeno e faz com que ele responda com a produção de anticorpos, portanto com a proteção desse indivíduo.”
TEC: Sobe e Desce (BG).
LOC: A enfermeira de Porto Alegre, Patrícia Couto. lembra que a vacina é uma oportunidade que as meninas de hoje têm de se tornarem uma geração livre do câncer do colo do útero e pede para que os pais fiquem atentos quanto à vacinação das filhas.
TEC: Patrícia Couto, coordenadora de imunização de Porto Alegre.
“Então, a gente tem que pensar que nós temos hoje uma vacina que ela vai prevenir o câncer, as verrugas vai ajudar que daqui a dez, 15, 20 anos, a gente não passe por coisas que as mulheres hoje estão passando, tratamentos de químio, rádio prevenido com uma dose de uma vacina, neste momento, depois daqui a seis meses a segunda e daqui a cinco anos o reforço, então são três doses de uma vacina importantíssima, então a gente pede que as mães não deixem de levar as meninas que autorize essas meninas a fazerem esta vacina na escola, mas que não percam esta oportunidade.”
LOC: Além da capital, outros grandes municípios não alcançaram, na primeira etapa da mobilização, a meta de vacinação estipulada pelo Ministério da Saúde, que é de 80 por cento de jovens da faixa etária vacinadas. A segunda cidade mais populosa do estado, Caxias do Sul, registrou a taxa de vacinação de 64 por cento; Pelotas, 53 por cento. Já em Canoas, o índice foi melhor: 70 por cento das adolescentes receberam a primeira dose, próximo da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. O Secretário de Saúde do município, Marcelo Bósio, afirma que a vacinação contra o HPV é prioridade na cidade. O gestor complementa que a busca por parcerias em outras secretarias está ajudando a melhorar o número de vacinação.
TEC: Marcelo Bósio, Secretário de Saúde de Canoas.
“É uma atividade que o município adotou com prioridade, da articulação com a comunidade, com a comunidade escolar, com todos os pais e uma conscientização da importância disso, dessa adesão por parte das meninas na faixa etária preconizada, o que nos coloca em uma condição favorável para que a gente possa ter esta ação de prevenção e promoção da saúde para que no futuro próximo nós tenhamos um resultado muito positivo quanto a questão da qualidade de vida e a diminuição dos casos principalmente oncológicos.”
TEC: Sobe e Desce (BG)
LOC: Em todo o estado do Rio Grande do Sul, a meta do Ministério e da Secretaria de Saúde é vacinar 80% das mais 241 mil meninas de 9 a 11 anos de idade. A vacina contra o HPV foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. A criança ou a adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet,
www.saude.gov.br/hpv.
TEC: Encerra trilha (BG).