RIO GRANDE DO SUL: Estado vacina 67% de meninas contra o HPV na segunda dose da campanha

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REPÓRTER: Ainda faltam 23 por cento das meninas de 11 a 13 anos para o Rio Grande do Sul chegar a meta de 80 por cento da segunda dose da campanha contra o HPV, vírus causador do câncer de colo de útero. O estado vacinou 67 por cento do público alvo. O índice representa mais de 165 mil jovens, número abaixo da meta do estado que é vacinar 80 por cento do público-alvo. Para garantir 100 por cento de proteção contra o HPV e o câncer, as meninas precisam tomar as três doses da vacina. O intervalo da primeira para a segunda dose é de seis meses e, entre a segunda e a terceira, cinco anos. A vacinação das adolescentes antes do início da vida sexual tem melhor resposta na proteção e ajuda a quebrar a cadeia de transmissão, já que aproximadamente 95 por cento dos casos da doença são transmitidos por esse meio. Por isso, a ação vai ter impacto na redução de lesões tanto para as meninas, quanto para os meninos. Mirian Simões é mãe de Clarice de 11 anos. Para ela, a vacina representa segurança.
 
SONORA: mãe – Mirian Simões
 
“Para mim é uma segurança de que ela está segura de não ter esse tipo de doença no útero e tudo mais. Para ela, também, pelo fato dela receber a vacina, ela tem a segurança de ter a vacina e ela aprende sobre a vacina, o que ela faz e tudo mais.”
 
REPÓRTER: O HPV é um dos principais causadores do câncer de colo de útero. De acordo com estudos da Organização Mundial da Saúde, 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos no Brasil – 840 apenas no estado gaúcho. A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações da secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, Tani Ranieri, fala da importância dessa vacina que protege contra uma das principais causas de morte das mulheres.
 
SONORA: coordenadora do Programa Estadual de Imunizações da secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, Tani Ranieri
 
“Então, é necessário, é fundamental que elas recebam essa segunda dose para que elas possam produzir títulos suficientes para estarem protegidas quando entrarem em contato com o papiloma vírus. É importante essa segunda dose, ela é fundamental. O que a gente quer é prevenir que as nossas filhas venham a ter câncer de colo de útero no futuro.”
 
REPÓRTER: O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, reforça aos pais e meninas de 11 a 13 anos que não existem motivos para terem medo, já que a vacina é segura.
 
SONORA: secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde – Jarbas Barbosa
 
“Vale lembrar que essa vacina já é usada em mais de 100 países do mundo. Essa vacina tem mais de 50 milhões de doses aplicadas na Europa, nos Estados Unidos. É recomendada, essa vacina, porque é uma vacina eficaz para prevenir o câncer do colo do útero e é uma vacina segura. Nós não tivemos nenhuma reação grave associada a essa vacina no Brasil, como não houve em nenhum lugar do mundo. Há reações adversas, como em qualquer produto injetável, reações alérgicas, reações locais. Isso é infinitamente menor que os grandes benefícios que essa vacina pode produzir”.
 
REPÓRTER: Completar as doses da vacina contra o HPV é essencial para evitar no futuro o câncer do colo do útero. Segundo dados do Ministério da Saúde, a doença mata 14 mulheres por dia no Brasil. Meninas de 11 a 13 anos devem procurar o posto de saúde mais próximo para se vacinar. E é totalmente de graça.
 

 

Reportagem, Victor Maciel

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