RIO GRANDE DO NORTE: Estado imunizou apenas 46% das meninas de 11 a 13 anos com segunda dose da vacina contra HPV

Meta do Ministério da Saúde é de imunizar cerca de 80% das meninas entre 11 e 13 anos com segunda dose da vacina contra HPV, que está disponível nos postos de saúde, do estado

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REPÓRTER: Dona Selma é mãe da estudante, Jéssica Aguiar, de 13 anos. Ela sabe da importância que a segunda dose da vacina contra o vírus do HPV tem na saúde da filha. A dona de casa, já levou a adolescente ao posto de saúde da cidade de Caicó, no centro do Rio Grande do Norte, e chama as mães que ainda não levaram as filhas para se imunizar.
 
SONORA: dona de casa – Selma Aguiar
 
“Todas as mães tem que trazer seus filhos. Porque a gente tem que olhar por eles. É uma doença, então a gente tem que levar para todas as crianças virem vacinar. Hoje, a gente tem tudo, então vamos colaborar e trazer os seus filhos, porque hoje é tudo de graça, então vamos com certeza trazer nossos filhos.”
 
REPÓRTER: Assim como Selma, todas as mães de meninas de 11 a 13 anos, do Rio Grande do Norte, devem levar as filhas ao posto de saúde mais próximo para tomarem a segunda dose da vacina contra o HPV. O estado potiguar vacinou pouco mais de 46 por cento do público alvo - número bem abaixo da meta de 80 por cento do ministério da Saúde. O HPV é um dos principais causadores do câncer de colo de útero. De acordo com estudos da Organização Mundial da Saúde, duzentas e 70 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos no Brasil – 260 apenas no estado potiguar. Para a Sub-Coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, do Rio Grande do Norte, Estela Leal, o principal objetivo dessa vacina é a proteção futura da saúde dessas meninas.
 
SONORA: Sub-Coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte - Estela Leal
 
“Então, essa vacina ela é aplicada muito antes, no caso dessas adolescente, iniciarem a sua vida afetiva, a sua vida sexual para garantir realmente a sua proteção. Então, não há nenhum estímulo em relação à isso, em função da associação dessa vacina com o início da vida sexual. Não existe nenhum estímulo. O que existe sim, é a proteção contra o câncer do colo do útero.”
 
REPÓRTER: O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, reforça aos pais e meninas de 11 a 13 anos que não existem motivos para terem medo, já que, a vacina é segura.
 
SONORA: secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde – Jarbas Barbosa
 
“Vale lembrar que, essa vacina já é usada em mais de 100 países do mundo. Essa vacina tem mais de 50 milhões de doses aplicadas na Europa, nos Estados Unidos. É recomendada, essa vacina, porque é uma vacina eficaz para prevenir o câncer do colo do útero e é uma vacina segura. Nós não tivemos nenhuma reação grave associada a essa vacina no Brasil, como não houve em nenhum lugar do mundo. Há reações adversas, como em qualquer produto injetável, reações alérgicas, reações locais. Isso é infinitamente menor que os grandes benefícios que essa vacina pode produzir”.
 
REPÓRTER: Segundo dados do ministério da Saúde, a doença mata 14 mulheres por dia no Brasil. As meninas entre 11 e 13 anos que não tomaram a segunda dose da vacina contra o HPV, para evitar o câncer do colo do útero, precisam procurar uma das 35 mil Unidades Básicas de Saúde, em todo o país. A vacina é totalmente de graça.
 
Reportagem, Victor Maciel

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