RIO DE JANEIRO (RJ): Doadores de sangue deverão passar por triagem clínica para a prevenção do Zika e Chikungunya

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LOC.: Com o avanço de Dengue, Zika e Chikungunya em todo país, a triagem que é feita antes da doação de sangue, ficou ainda mais rígida. Agora, o doador é questionado se teve sintomas ou diagnóstico das três doenças e se teve recentemente em locais com número elevado de casos registrados.

A decisão foi baseada nas evidências de transmissão do Zika e da Chikungunya pelo sangue e da transmissão do Zika pelo contato sexual com portadores do vírus. O gerente de sangue, tecidos, células e órgãos da Anvisa, João Batista da Silva Júnior, explica como é feita esta entrevista.

SONORA: Gerente de sangue, tecidos, células e órgãos da Anvisa, João Batista da Silva Júnior

“A triagem clínica é realizada por um profissional da saúde, orientado por um médico, que é feito no serviço de hemoterapia, que a gente pode chamar de bancos de sangue. Vão ser feitas perguntas sobre o estado de saúde do doador, onde ele frequentou, quais foram os locais que ele foi... A gente vai utilizar muitos recursos da epidemiologia para fazer esta entrevista.”

LOC.: Com a nova orientação, quem for diagnosticado com um dos vírus não poderá doar por um período de 30 dias após a recuperação completa. Já aqueles que tiveram contato sexual com alguém diagnosticado com Zika nos últimos três meses, deverão esperar ao menos 30 dias após o último contato sexual para doarem sangue, como explica o diretor do Hemorio, Luiz Amorim.

SONORA: Diretor do Hemorio, Luiz Amorim

“Existe um prazo de pelo menos 30 dias entre o diagnóstico destas doenças ou pelo menos a suspeita dessas doenças e a doação de sangue. A gente pergunta também se a pessoa teve relação sexual com pessoas que tenham tido Zika, porque sabe-se hoje que a Zika é transmitida por via sexual, sejam homens, sejam mulheres, que tenham tido diagnóstico de Zika. Até depois de 90 dias de a pessoa ter tido a doença, a pessoa pode transmitir por via sexual.”

LOC.: Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, a maior preocupação do Estado agora é com a Chikungunya e a tendência é que em 2017 ocorra uma redução de casos de Zika.

SONORA: Subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe

“A Chikungunya tende a aumentar. Por outro lado a gente já vê uma queda no número de novos casos de Zika desde fevereiro do ano passado. Então, a tendência é que a gente já tenha uma diminuição importante no número de casos de Zika no ano de 2017, quando comparado com o ano de 2016 aqui no Estado do Rio de Janeiro.”

LOC.: Para saber mais sobre as formas de combater o mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya, acesse o site saude.gov.br/combateaedes.

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