Data de publicação: 31 de Janeiro de 2017, 01:56h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
LOC: Se a Febre Amarela preocupa os municípios que estão na região de fronteira com Minas Gerais, o litoral vive dias de horror com a infestação de Dengue, Zika e Chikungunya.
Os municípios do Rio de Janeiro juntos registraram, até o fim de dezembro, um total de sessenta e sete mil e quatrocentos casos de Zika, o vírus que pode causar microcefalia nos bebês. Os números representam uma incidência de quase quatrocentos e oito casos por cada cem mil habitantes. A maior incidência entre os estados da Região Sudeste, com números que só se comparam com os daqueles municípios em estado de risco da Região Nordeste, a mais infectada do país.
Os municípios com maior infestação são Angra dos Reis, Belford Roxo, Campos dos Goytacazes, Duque de Caxias, Itaboraí, Magé, Niterói, São Gonçalo e Saquarema, além da Capital.
Nas regiões que margeiam a Baía de Guanabara, os casos se multiplicam ao ritmo de proliferação do mosquito transmissor. O inimigo público número um se reproduz em água parada nas regiões urbanas com alto índice populacional.
Em São Gonçalo, os locais com maior número de criadouros do mosquito são conhecidos, como destaca o Secretário Municipal de Saúde de Saúde, Dimas Gadelha.
TEC/SONORA: Dimas Gadelha, secretário municipal de Saúde de São Gonçalo.
“A grande maioria dos focos que a gente tem observado são focos intradomiciliares. São cerca de 70 por cento. A gente tem áreas bastantes críticas com infestação alta como Jardim Catarina, Centro, Garoto, Rieda, Fazenda dos Mineiros e alguns outros bairros do município também com infestação alta”.
LOC: E não é só em São Gonçalo que as caixas d’água e outros reservatórios de água são os maiores criadouros do mosquito. Em quase toda a região a população de vários municípios tem convivido com focos do mosquito dentro da própria casa, no quintal ou em cima da laje. O consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Kleber Luz, chama a atenção para o papel de cada morador no combate ao mosquito. Ele diz onde o mosquito está.
TEC/SONORA: Consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Kleber Luz
“Sempre na casa das pessoas, sempre! A fêmea do mosquito vai sempre pôr os ovos aonde ela se alimenta. Então ela sempre se alimenta do sangue de humanos e ela sempre vai encontrar um lugar aonde as pessoas vivem./// As pessoas em geral acham que o mosquito está longe e vem picá-las, mas não é assim. Ele pode estar em qualquer lugar, mas em geral, quando a gente vai a casa das pessoas afetadas, encontram o foco dentro de casa./// Claro que os lixos, as garrafas pets, os copos descartáveis, tudo isto são focos, mas o mosquito está sempre na casa das pessoas, esta é a mensagem mais importante, que o mosquito é o nosso grande inimigo, poque ele tem a capacidade de transmitir três grandes doenças que é a Dengue, a Zika e a Chikungunya. Então ele é o grande vilão da história e deve ser combatido”.
LOC: De acordo com o Ministério da Saúde, para 2017, além do Zika, a pasta tem grande preocupação com a infestação da Chikungunya, outra doença transmitida pelo mesmo mosquito.
