POLÍTICA INDUSTRIAL: Brasil precisa elevar produtividade com foco em inovações, afirma Conselho Federal de Economia

A economia brasileira encontra-se há 36 anos com a produtividade estagnada e, para reverter este quadro, é fundamental focar em setores estratégicos

 

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LOC.: Aumentar a produtividade no país é o melhor caminho para que os trabalhadores brasileiros ganhem salários melhores. Essa é a avaliação do Conselho Federal de Economia, o Cofecon. Em nota, a autarquia afirmou que a ampliação das ocupações  de alta produtividade, resultante de inovações, vai favorecer a melhoria dos salários da população e a qualidade de vida em geral. O presidente do Conselho Regional de Economia de Pernambuco e conselheiro do Cofecon, Fernando de Aquino, explica que a economia brasileira está há 36 anos com a produtividade estagnada e que isso precisar mudar para que o Brasil se desenvolva.

TEC./SONORA: Fernando de Aquino, presidente do Conselho Regional de Economia de Pernambuco.

"Para o Brasil se tornar um país economicamente, socialmente avançado, é necessário gerar ocupações de alta produtividade, em larga escala, para a gente conseguir disseminar altas remunerações em toda a economia em todos os setores.”

LOC.: De acordo com o Cofecon, existem alguns caminhos a serem seguidos para a conquista de uma política industrial eficiente . Entre eles, está a necessidade de modernizar o sistema de ciência, tecnologia e inovação do país e de fazer uma estruturação de programas de fomento a startups com a participação do setor privado e instituições acadêmicas. O economista Fernando de Aquino lembra que, além disso, o Brasil precisa de um regime macroeconômico que favoreça a geração, em larga escala, de ocupações de alta produtividade.

TEC./SONORA: Fernando de Aquino, presidente do Conselho Regional de Economia de Pernambuco.

“Para a gente atingir isto, a gente precisa ter um regime macroeconômico favorável, que significa, principalmente, câmbio competitivo e juros civilizados e uma política industrial eficiente."

LOC.: Ainda de acordo com o Conselho Federal de Economia, além desse regime macroeconômico favorável, a política industrial também depende de fontes diversas de financiamento. Apesar disso, o governo Federal reduziu as despesas com ciência e tecnologia em 44% em 2017. Já para 2018, o corte deve ser de quase 40% em relação ao orçamento deste ano. E, para o Cofecon, esses cortes podem manter o Brasil atrasado economicamente, principalmente por falta do indispensável  desenvolvimento científico e tecnológico.

Reportagem, Cintia Moreira.
 

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