POLÍTICA: Após arquivamento de denúncia, prioridade do governo é aprovar reformas, diz deputado da base aliada

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LOC.: Em mais um momento crucial para seu governo, o presidente Michel Temer conquistou uma importante vitória no Congresso Nacional. O plenário da Câmara dos Deputados decidiu arquivar a denúncia contra o presidente, acusado de corrupção passiva. O parecer apresentado pelo deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) recebeu 263 votos favoráveis e 227 contrários. Houve ainda 19 faltas e duas abstenções. Exatamente às oito e dezesseis da noite, hora de Brasília, o voto “sim” de número 159 decretou o triunfo governista. O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), da base aliada, comemorou o resultado e garantiu que a prioridade agora é a aprovação das reformas.

TEC./SONORA: Pauderney Avelino (DEM-AM)
“Nós iremos prosseguir agora com a nossa agenda de reformas para o país, isso que é o mais importante. Nós estamos fazendo com que o país volte a crescer, reduzindo o número de desempregados e fazendo com que novos postos de trabalho sejam abertos. Passando esse momento, nós iremos retomar a agenda positiva do país”.

LOC: O deputado oposicionista Alessandro Molon (REDE-RJ) afirmou que o resultado vai contra a vontade da maioria dos brasileiros e criticou a postura adotada pelo governo na votação.

TEC./SONORA: Alessandro Molon (REDE-RJ)
“Está longe de ser o que a gente desejava para o país e o que o país queria para si mesmo. A maioria esmagadora da população brasileira, praticamente nove em cada dez brasileiros, queria que a denuncia contra Temer prosseguisse. No entanto, foi uma luta de Davi contra Golias, nós lutamos com armas honestas, legais, lícitas, e o governo jogou sujo como sempre”.

LOC.: Como a oposição não conseguiu atingir os 342 votos, mínimo necessário para abertura de ação penal contra o presidente, o Supremo Tribunal Federal fica impedido de julgar a acusação de corrupção passiva. Nos próximos dias, há a forte expectativa de que o procurador-geral Rodrigo Janot apresente outra denúncia contra Michel Temer. Se isso acontecer, a nova acusação teria que percorrer todo o caminho novamente, passando primeiro pela CCJ e depois por votação no Plenário da Câmara dos Deputados.

Reportagem, Tácido Rodrigues
 

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