PARANÁ: Estado busca estimular pais para bater meta de vacinação contra HPV

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TEC: Trilha (BG).
 
LOC: Apenas neste ano, devem surgir mais de mil casos de câncer do colo do útero no estado do Paraná. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer, o Inca, coloca o estado na quarta posição no ranking nacional de número de casos deste tipo de doença, que mata mais de cinco mil mulheres no País, anualmente, segundo o próprio Instituto. Para evitar que as futuras mulheres sofram desse mal, o Ministério da Saúde, a secretaria estadual de saúde e as administrações municipais estão em mobilização para aplicar a segunda dose da vacina em mais de 256 mil meninas de 9 a 11 anos contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV, vírus que é um dos grandes responsáveis pelo surgimento do câncer do colo do útero. No entanto, na primeira etapa da campanha, o estado registrou baixa procura pela primeira dose da vacina. Segundo o coordenador estadual do programa de imunização, João Luis Crivellaro, foram vacinadas apenas 45% das meninas do público-alvo. Dados do Ministério da Saúde revelam que os piores índices foram registrados em 129 cidades paranaenses. Esse grupo registrou uma taxa média de apenas 36% de garotas imunizadas e se concentra nas regiões Noroeste, Centro-Oriental e Norte paranaense. Neste grupo estão os municípios de Querência do Norte, Umuarama, Assis Chateaubriand, Tibaji, Castro, Sertanópolis, Londrina, Tomazina, Antonina, Paranaguá e Guaratuba, além da região Metropolitana de Curitiba. O coordenador Estadual do programa de imunização do Paraná, João Luis Crivellaro, conta que quer mudar essa realidade.
 
TEC: Coordenador Estadual do programa de imunização do Paraná, João Luis Crivellaro.
 
“Esse ano, que mudou a população e a faixa etária, a cobertura ainda da primeira etapa que começou em março, nós estamos com 45% de cobertura. O que nós queremos com tudo isso é estimular que os pais procurem a unidade de saúde para que possam estar levando sua filha ou orientando para que possa tomar a primeira dose e a gente melhorar também uma questão da segunda dose a partir de setembro.”
 
LOC: A infecção pelo vírus HPV é a principal causadora do câncer de colo de útero e essa vacina pode mudar o curso dessa doença e não está relacionada com atividade sexual das jovens, como destaca o coordenador de imunização do Paraná, João Luis Crivellaro.
 
TEC: Coordenador Estadual do programa de imunização do Paraná, João Luis Crivellaro.
 
“O maior desafio nosso é sensibilizar os pais que é uma vacina que não tem nada a ver com a iniciação da atividade sexual-  isso a gente passa a garantia. É uma vacina que tem uma resposta muito boa e a gente precisa que os pais se conscientizem sobre a importância da vacina e principalmente estimulem as meninas nessa faixa etária de tomar a vacina.”
 
TEC: Trilha Sobe Desce (BG).
 
LOC: Franciele Vaz mora em Colombo e levou a pequena Flávia, de 9 anos, para tomar a vacina no posto de saúde. A mãe acredita que é muito importante para a saúde futura da filha.
 
TEC: Franciele Vaz, mãe
 
“A gente tem que cuidar dos filhos da gente hoje porque a gente não sabe do amanhã, então a gente tem que incentivar, cuidar o máximo que a gente pode agora para no futuro eles terem uma vida saudável.”
 
TEC: Trilha Sobe Desce (BG).
 
LOC: A chefe de cozinha Paula Regina Monteiro de 40 anos fazia exames preventivos com frequência. Começou a ter os sintomas do câncer, sentia-se fraca e cansada, mas até então seu último diagnóstico do preventivo tinha dado negativo, foi uma surpresa quando depois descobriu que realmente tinha a doença. Paula continua em tratamento, pois seu câncer de colo de útero evoluiu e atingiu o peritônio, membrana que reveste vários órgãos, e se espalhou pelo corpo. Ela incentiva as adolescentes a tomarem a vacina.
 
SONORA: Paula Regina Monteiro, personagem.
 
“Olha, eu só recomendo que sejam vacinadas porque o tratamento é muito difícil, por mais que a medicina tenha avançado, ainda quando chega no nível de estágio de câncer ainda a gente passa por muito sofrimento, por muito mais agulhadas. E ainda estou lutando, já fazem dois anos e ainda luto contra a câncer, então duas ou três picadinhas, que acho que são três doses e a criança ficar imunizada contra esse tipo de tumor... Nossa, eu acho que seria a primeira pessoa a tomar se pudesse. Na minha época não tinha a vacina ainda”.
 
TEC: Trilha Sobe Desce (BG).
 
LOC: A vacina contra o HPV é disponibilizada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde do SUS ou em escolas parceiras. Ela foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. A criança ou a adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. Quem recebeu a primeira dose deve receber agora a segunda dose, administrada seis meses depois da primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. A meta do Ministério da saúde é de que até o final do ano, 80% das meninas com idade entre 9 e 11 estejam vacinadas. Se você é mãe, pai ou responsável por menina nesta idade, leve-a a uma Unidade de Saúde e leve junto o cartão de vacinação. A vacina é o único meio de garantir a proteção contra o HPV pelo resto da vida. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet, www.saude.gov.br/hpv.

TEC: Encerra trilha (BG).
 
 

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