PARANÁ: Casos em crianças e adolescentes preocupam Governo do Estado

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LOC: O ajudante de pedreiro paranaense, Diego Barbosa, 30 anos, descobriu que está com Tuberculose há um mês.Por desconhecer os sintomas da doença, ele ficou duas semanas sem conseguir comer nada e com tosse forte. Perdeu mais de 15 quilos no período.

TEC/SONORA: Diego Barbosa, ajudante de pedreiro.

“Comia um pedação de pão e vomitava, tomava água, vomitava, tomava suco, vomitava. Eu nem sabia que doença que era. Agora, eu já estou esperto do que é e como se cuidar.”

LOC: Em 2016, o Estado do Paraná notificou 2.614 casos da doença. Se comparado com o ano de 2015 são mais de 400 novos casos. Uma das grandes preocupações está relacionada ao grande número de notificações em crianças e adolescentes. Em 2016, foram confirmados 21 casos e duas mortes em menores de 15 anos. Segundo a técnica responsável pelo Programa Estadual de Controle da Tuberculose da Secretaria de Saúde, Merari Gonçalves, as crianças menores de dez anos não transmitem a doença, mas o maior desafio é fazer um diagnóstico precoce.       

TEC/SONORA: Merari Gonçalves, técnica responsável pelo Programa Estadual de Controle da Tuberculose.

“O principal método de confirmação da Tuberculose é o exame de baciloscopia do escarro. É utilizado o material expelido com a tosse forçada. Pra criança é mais difícil fazer. Às vezes você pede pra ela tossir e ela acaba engolindo. A coleta é muito difícil em crianças menores de dez anos. É preciso utilizar, além do diagnóstico clínico, uma anamnese minuciosa (um diagnóstico mais preciso) e o raio-X, entre outros exames, para tá confirmando a existência da doença na criança. Em média 80% dos casos de Tuberculose em crianças têm resultado negativo no exame de baciloscopia.”

LOC: Merari informa que no próximo mês será feita uma capacitação dos profissionais de saúde que atuam nas áreas onde aconteceram as mortes de crianças. Segundo ela, o estado também está implantando um sistema de Notificação do Tratamento de Infecção Latente.

A técnica responsável pelo Programa Estadual de Controle da Tuberculose explica que, com este sistema, será possível, por exemplo, monitorar uma criança que teve contato com um adulto contaminado. Se for descartado quenão contraiu a Tuberculose, ela irá fazer um tratamento preventivo contra a doença. Com isso, será possível monitorar se ela desenvolveu ou não a Tuberculose. O objetivo, de acordo com Merari, é prevenir e reduzir o número de casos novos. Se a criança apresentar febre alta, tosse há mais de três semanas e falta de apetite procure um atendimento médico. Quanto mais rápido for o diagnóstico, maiores são as chances de cura da Tuberculose.

 

Para maiores informações sobre a doença, acesse saude.gov.br.  

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