PARÁ: Ribeirinho Cidadão garante cidadania aos moradores da ilha do Combú

Buquê de flores nas mãos e um sorriso nos lábios, Márcia Patrícia Nascimento dos Santos nem precisou de véu e grinalda para realizar um antigo sonho:

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LOC/REPÓRTER:  Buquê de flores nas mãos e um sorriso nos lábios, Márcia Patrícia Nascimento dos Santos nem precisou de véu e grinalda para realizar um antigo sonho: regularizar a relação com o companheiro de oito anos, com o qual divide uma casa, um barco e três filhos. Ela aproveitou a oportunidade oferecida pelo projeto Ribeirinho Cidadão, do Tribunal de Justiça do Pará, para formalizar a união estável com Evaldo da Conceição Silva, extrativista, ambos moradores da comunidade do Furo de São Benedito, no Combú.

TEC/SONORAS: Evaldo da Conceição Silva e Márcia Patrícia Nascimento dos Santos, moradores da Ilha do Combú.

"A emoção é tanta NE? Porque nunca pensamos que ia ter essa oportunidade de fazer o básico no casório básico, pegou de surpresa aqui e aí resolvemos casar, fazer o casório".

"É uma alegria, a gente nunca teve condição de se casar, agora tivemos essa oportunidade, achei muito bom, muito legal, mesmo sendo simples, dá uma emoção, um nervosismo muito bom, achei muito legal".

LOC/REPÓRTER:  O casal participou da primeira etapa do projeto Ribeirinho Cidadão, cuja base foi montada na escola municipal Milton Monte, onde foram realizados cerca de 100 atendimentos entre as últimas terça e quarta-feiras. A maior parte dos atendimentos é de pessoas em busca de documentos ou de regularização na área do direito da família - acordo de alimentos, reconhecimento de paternidade, de união estável, divórcio e várias outras demandas.

TEC/SONORA:Thaís Jennifer, moradora da Ilha do Combú.

"É o divórcio. Eu acho bem interessante porque aqui não tem esses órgãos e nós temos que ir pra cidade, então fazendo um mutirão desses que é rápido, poupa nosso tempo, os custos também são menores, porque tendo aqui na ilha a gente vem da nossa casa, resolve logo tudo aqui, não tem que ficar indo e voltando o tempo todo. Então é bem interessante, bem legal"

LOC/REPÓRTER: Nessa primeira etapa, o projeto Ribeirinho Cidadão atendeu também as comunidades de Ilha Grande, Cintra, Ilha Negra, Porticarvone e Ilha do Murucutu. No sábado e domingo, o projeto chegou às comunidades de Nossa Senhora dos Navegantes, Igarapé do Aurá, Várzea e Ceasa. 

TEC/SONORA: Juiz Márcio Bittencourt, criador e coordenador do projeto Ribeirinho Cidadão

"Do dia 18 a 23, nós vamos para a segunda etapa, que é a etapa da Ilha de Cotijuba, então nós vamos ficar 18, 19, 20 e 21 em Cotijuba; então Cotijuba simplesmente cresceu muito, aproximadamente 17 mil habitantes, então nós vamos ficar quatro dias na Ilha de Cotijuba, atendendo toda a Ilha de Cotijuba, depois no dia 24, no sábado, dia 23, nós vamos para a ilha de Urubuoca e no domingo vamos para a ilha de Jutuba"

LOC/ REPÓRTER: A partir do próximo dia 25, o projeto Ribeirinho Cidadão atenderá os moradores do Outeiro, inicialmente no Fama, comunidade ribeirinha que se transformou em uma grande área de ocupação irregular. Depois no bairro da Brasília, na escola Pedro Demo e no sábado e domingo na escola Funbosque.

Reportagem, Edir Gaya

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