PARÁ (PA): Breves, Conceição do Araguaia, Redenção e São Félix do Xingu estão com vacinação contra HPV baixa

Meninas entre 11 e 13 anos devem ir aos postos de saúde para tomar segunda dose da vacina contra HPV

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REPÓRTER: O câncer do colo do útero deve ser diagnosticado em quase duas mil mulheres, em toda região Norte do país. Desses casos, cerca de mil vão ser descobertos somente aqui no estado do Pará. As informações são do Instituto Nacional do Câncer. Desde março de 2014, o ministério da Saúde oferece a vacina que previne a doença. Meninas de 11 a 13 anos precisam tomar a segunda dose contra o HPV, principal transmissor do vírus. As cidades de Breves, Conceição do Araguaia, Redenção e São Félix do Xingu, que formam a décima segunda regional de saúde, não conseguiram alcançar a meta do ministério, de vacinar no mínimo, 75 por cento das adolescentes nessa faixa etária. A coordenadora de Imunização, da cidade de Redenção, Maria Isa, relata que, mesmo com a campanha, muitos pais proíbem as filhas de tomar a segunda dose da vacina. Ela alerta que, a doença tem atingido mulheres cada vez mais novas.

SONORA: Maria Isa, Coordenadora
 

“O cancer de colo de útero ele não tem cura, e não é só velho a partir dos seus 49, 50 anos que pega não, com 20 anos, porque eu já vi caso, toda faixa etária, a doença ela tem que ser prevenida porque ela não tem cura e, se tomar as doses a chance dela ter é mínima.”

 

REPÓRTER: Para que a adolescente esteja protegida é preciso tomar as três doses da vacina com intervalos de seis meses após a primeira dose e, um reforço após cinco anos. A agente de anemias, Aila de Aguiar, mora em Conceição do Araguaia. Ela levou a filha, Lívia, de 14 anos, para tomar a segunda dose contra o HPV e conta que, a menina não sentiu nenhum sintoma após tomar a vacina.

SONORA: Aíla de Aguiar, mãe.

"Eu não notei nela nenhuma reação adversa à vacina, ela tomou, não me reclamou de nada. Porque eu fiquei prestando atenção até por ser uma coisa nova, nunca tinha tomado uma vacina nesse sentido. Fiquei observando questão de dor de cabeça, enjoo, essas coisas mais comuns, mas não houve nenhuma reação assim."

REPÓRTER: O ginecologista, Olímpio Ferreira de Almeida, do Instituto Nacional do Câncer, deixa claro que, as doses da vacina contra o HPV não prejudica a saúde das adolescentes.

SONORA: Médico, Olímpio Ferreira de Almeida
 

“A vacina, ela não tem problema, não faz mal. Os efeitos que ela tem são mais de fundo emocional. Às vezes tem pacientes que só o fato de aparecer sangue, ela desmaia. Esses efeitos que saem às vezes na imprensa, que poderiam ser associados à vacina, não existem. A vacina não dá efeitos colaterais. O máximo que ela dá é dor local ou alguma vermelhidão local. E isso aí, todas as vacinas podem produzir esses efeitos.”

 

REPÓRTER: A vacina contra o HPV pode ser tomada em qualquer posto de saúde nas cidades de Breves, Conceição do Araguaia, Redenção e São Félix do Xingu. Basta apresentar o cartão de vacina ou a identidade da adolescente.

Reportagem, Rodrigo Santos

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