REPÓRTER: Oito pessoas foram presas durante a operação Muiraquitã, do Ministério Público Federal com a Polícia Federal, que desarticulou esquema de garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Kaiapó, no sudeste do Pará. Três acusados ainda estão foragidos. Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai) são extraídos aproximadamente 20 kg de ouro por semana do local, o que representa uma movimentação mensal de oito milhões de reais. As investigações sobre a exploração ilegal de ouro foram iniciadas pelo Ministério Público Federal, no final de 2015, após denúncias feitas pela Funai, que sobrevoou a área e verificou que o centro da atividade garimpeira estava próximo a uma aldeia indígena, em Ourilândia. Foram autorizadas interceptações telefônicas, que deram condições de desvendar todo o esquema, envolvendo garimpeiros, comerciantes de ouro e alguns índios. Os danos ambientais causados pela atividade clandestina de mineração são desvio do curso de rios; desmonte hidráulico, no caso de garimpagem mecânica; aterramento de rios e contaminação do solo, ar e águas pelos metais pesados, principalmente o mercúrio; além das vegetações extintas e animais que fogem ou morrem por causa da contaminação.
Com informações do Ministério Público Federal no Pará, reportagem Thamyres Nicolau
