PARÁ: Comarca de Marabá ajuda no combate a violência contra a mulher

Trinta sentenças prolatadas é o início das articulações para o desenvolvimento de ação socioeducativa na Comarca de Marabá para o combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. 

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REPÓRTER: Trinta sentenças prolatadas e o início das articulações para o desenvolvimento de ação socioeducativa na Comarca de Marabá para o combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. Esse foi o resultado do esforço concentrado para o julgamento dos processos de violência doméstica na 3ª Vara Criminal da Comarca de Marabá, que tem competência também para processar e julgar os crimes do Tribunal de Júri. A ação ocorreu de 15 a 19 de maio sob a responsabilidade da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJPA, que tem à frente a desembargadora Diracy Nunes Alves. A desembargadora Diracy Nunes ressalta que o poder Judiciário continuará a organizar trabalhos que visam à conscientização, pois somente com educação é possível superar a violência contra a mulher.
 
SONORA: Desembargadora Diracy Nunes Alves.
 
O que a gente está trabalhando na verdade é a conscientização, a gente está fazendo um trabalho saindo dos prédios, dos tribunais, dos fóruns pra ir até o cidadão. Eu acho que somente com a educação nós vamos extirpar da sociedade essa mancha que vem através dos séculos prolongando”.
 
REPÓRTER: O presidente do Tribunal de Justiça do Pará, desembargador Ricardo Ferreira Nunes, parabeniza a desembargadora Diracy Nunes Alves pelo trabalho que vem sendo realizado. O desembargador presidente também lembra que o estado do Pará foi o terceiro estado que mais concedeu medidas protetivas às mulheres ameaçadas
 
SONORA: Desembargador presidente do TJPA, Ricardo Nunes.
 
“Este papel de proteger a mulher, não só a mulher, mas o idoso, como a criança, mais pontualmente nesse caso em relação a mulher, quero dar meus parabéns, portanto, à desembargadora Diracy Nunes Alves que está na frente desse projeto, o Pará está de parabéns, porque foi o terceiro estado que mais concedeu medidas protetivas”.
 
REPÓRTER: O presidente do Poder Judiciário do Pará, desembargador Ricardo Ferreira Nunes, faz um alerta aos homens em geral para que não usem de violência contra as mulheres.
 
SONORA: Desembargador presidente do TJPA, Ricardo Nunes.
 
Qualquer tipo de violência, a violência verbal às vezes dói mais que a violência física, a gente tem que ter esse autodomínio, seja o homem em qualquer situação, do mais letrado ao menos letrado, deve pensar duas, três vezes que a mulher deve ser tratada diferentemente, que ele não agrida. Essa é a mensagem que o Poder Judiciário deve ter, que ele reflita. O homem deve pensar muito nesse seu papel, deve ser apenas e tão somente o condutor da vida das pessoas, o condutor da paz, o condutor do amor, e não o condutor da violência, seja ela física, seja ela verbal, que ele pense muito nisso”.
 
REPÓRTER: Um diagnóstico da Vara de Marabá, que tem à frente o juiz  substituto Caio Marco Berardo, identificou 304 ações penais em trâmite, três processos de feminicídio, 208 medidas protetivas de urgência, seis flagrantes aguardando inquérito policial, além de 489 processos suspensos e em cumprimento de diligência. 
 
Reportagem, Storni Jr. 

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