PARÁ: Botão do Pânico ajuda no combate a violência contra a mulher

Em março deste ano, a justiça paraense em parceria com a prefeitura de Belém lançou o “Botão do Pânico”.

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Tempo de áudio – 2min47seg

REPÓRTER: Um crime que não escolhe lugar ou classe social. A violência contra a mulher acontece, como diz o ditado, nas melhores famílias. Os motivos são muitos, alcoolismo, uso de drogas, ciúmes, entre outros. A dona de casa Isabel Pontes, nome fictício de nossa personagem, depois de dois anos de relacionamento foi agredida pelo companheiro.

SONORA: Isabel Pontes

"Ele veio é me agrediu e eu pedindo pra ele,como nós já temos dois anos juntos, ele nunca tinha feito isso."

REPÓRTER: Em março deste ano, a justiça paraense em parceria com a prefeitura de Belém lançou o "Botão do Pânico". O aparelho é um dispositivo eletrônico que possui GPS e gravação de áudio. No momento em que o Botão do Pânico é pressionado por quatro segundos, a central de monitoramento recebe o chamado. A polícia é acionada e vai até o local onde a vítima se encontra. A central de monitoramento do Botão do Pânico é gerenciada pela Prefeitura da Capital. O prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, fala da prevenção através do Botão do Pânico.

SONORA: Prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho.

"Todas às vezes em que a mulher estiver sendo vítima da agressão ou ameaçada, ou em que o agressor estiver descumprindo, por exemplo, as medidas de distância decretadas pelo juízo, a mulher ao acionar, ela imediatamente comunica, com aquele acionamento do botão, a Prefeitura e o Sistema de Segurança Pública e o Tribunal de Justiça, ou seja, ela poderá ser socorrida no momento em que ela for ser agredida." 

REPÓRTER: As mulheres precisam estar conscientes que até mesmo um empurrão já é caracterizado como crime, enfatiza a promotora de Justiça da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Lucinery Helena Rezende Ferreira. 

SONORA: Promotora de Justiça do Ministério Público, Lucinery Helena Rezende.

"Qualquer empurrão, qualquer bate-boca, qualquer insulto, qualquer tapa é crime, então a mulher tem que saber que ele começa agredindo com um empurrão, um insulto e depois ele começa a bater, depois ele tenta matar e por fim ele mata, então é essa a evolução que nós temos que evitar".

REPÓRTER: A presidente do Tribunal de Justiça do Pará, desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento, enfatiza os benefícios do Botão do Pânico.

SONORA: Presidente do Tribunal de Justiça do Pará, desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento.

"O Botão do Pânico vem trazendo maior proteção, no sentido de dar segurança a mulher. Ela vai se sentir mais segura por estar com o Botão do Pânico e ao mesmo tempo, o Poder Judiciário dá um instrumento de evitar determinadas situações que, infelizmente, ainda estão presentes no dia de hoje."

REPÓRTER: Tanto a promotoria de Justiça do Ministério Público quanto a Delegacia da Mulher possuem um telefone para denúncias e informações. Para entrar em contato com a central de atendimento basta ligar 180, o serviço funciona 24 horas e as ligações são gratuitas.

Com a colaboração de Thamyres Nicolau, Reportagem, Storni Jr.

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