MUSICOTERAPIA: Saiba como a música pode ajudar pessoas que vivem com deficiência

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

REPÓRTER: Há séculos a música está presente na vida das pessoas. A união das notas musicais é capaz de produzir inúmeras melodias que, além de despertar emoções e sentimentos, podem até curar doenças e ajudar pessoas que vivem com algum tipo de limitação. A musicoterapia surgiu após a Segunda Guerra Mundial. Esse tipo de terapia usa harmonia, ritmo e melodia para melhorar os sentidos e obter mais qualidade de vida. Em Recife, Pernambuco, a Fundação Altino Ventura usa a música para auxiliar pessoas com diversos tipos de deficiências, como um grupo que tem deficiência visual. A musicoterapeuta Eliane Teles é uma das colaboradoras da fundação. Para ela, o desafio dessas pessoas é conviver com a diversidade dos sons.

SONORA: Eliane Teles, estudante.

“Eu costumo dizer que as diversidades sonoras são semelhantes às cores. Então a gente tem as cores azul claro, azul escuro e vários tons de azul. Então, o som também é assim. Pode parecer o mesmo, você vai ter um som mais grave ou um som mais agudo. São sons diferentes e o cego precisa identificar, até mesmo para cognição. Se ele perceber essas diferenças sonoras suteis, ele vai perceber a diferença quando ele passa em uma avenida...”

REPÓRTER: Uma parte do trabalho da musicoterapia na Fundação Altino Ventura é dar qualidade de vida e segurança para pessoas que têm deficiência visual ou vivem com outras limitações. O estudante Luiz Henrique, de apenas 11 anos, enxerga com dificuldade desde que nasceu. Ele conta quais foram os benefícios que a musicoterapia trouxe para a vida dele.

SONORA: Luiz Henrique, estudante

“Eu consigo ouvir os carros passando. Eu sou deficiente visual parcial, não sou total. Eu lembro sempre de olhar para os dois lados, e eu também ouço dos dois lados para saber se tem carro vindo ou não, aí eu atravesso. Quando eu não ouço nada na pista, que fica silêncio, eu sei que eu posso atravessar”.

REPÓRTER: Sendo capaz de ajudar na autoestima, na parte cognitiva e física, a musicoterapia mostra que é possível ter qualidade de vida vivendo com algum tipo de limitação. É o que acredita a mãe do Luiz Henrique, Geuda Leite.

SONORA: Geuda Leite, estudante.

“Na vida dele mudou muita coisa. Depois que ele entrou na musicoterapia ele se desenvolveu na fala. Ele perdeu a timidez com os amigos que ele tinha, de conversar. Ele tem uma habilidade melhor porque a música ajuda muito, ele aprende rapidinho. Gosta de todos os instrumentos. Então para ele é muito bom. Eu achei que ele se desenvolveu bastante depois da musicoterapia”.

REPÓRTER: Outros casos de superação de limitações alcançados pela musicoterapia podem ser acompanhados no blog da saúde. O endereço é www.blog.saude.gov.br.

Reportagem, Luiza Tiné

 

Receba nossos conteúdos em primeira mão.