MONTES CLAROS (MG): Infestação na cidade indica estado de alerta; Nossa Senhora da Glória é região mais crítica

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LOC.: O ano mal começou e Montes Claros já está lutando para conter a infestação do mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. Isso porque a Secretaria de Saúde realizou, nos primeiros dias do ano, o levantamento que mostra se a cidade tem muitos focos do mosquito. O resultado não foi nada bom: Montes Claros está com um índice de infestação de 3,43%, o que significa estado de alerta.

De acordo com o Ministério da Saúde, os índices só são considerados satisfatórios quando menos de um por cento das casas têm focos do mosquito. Entre um e 3,9%, a cidade já está em alerta, com médio risco de infestação. Quando esse índice passa de quatro por cento, o município corre o risco de ter um surto das três doenças.

Mas a preocupação da Prefeitura de Montes Claros não termina por aí. Segundo a Secretaria de Saúde, a região da Nossa Senhora da Glória apresentou, sozinha, um índice de 26%. O número ultrapassa – e muito – o tolerável, de acordo com o Ministério da Saúde. Segundo o técnico do Programa Municipal de Controle da Dengue, Edivaldo de Freitas, esse aumento nos focos dentro das casas está relacionado, principalmente, ao armazenamento incorreto de água.

TEC./SONORA: Edivaldo de Freitas, técnico do Programa Municipal de Controle da Dengue
“Eles acabam reservando essa água de maneira inadequada e isso, infelizmente, garantiu o aumento do índice de infestação do vetor, levando em conta que em outubro de 2016 o índice geral foi de 1,3%. Agora, na primeira pesquisa do ano de 2017, a gente já foi para 3,43. E a gente considera que um dos problemas graves que a gente enfrentou, e está enfrentando, é justamente a água utilizada de maneira inadequada em recipientes que não devem ser utilizados.”

LOC.: Outra grande preocupação da Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros é com a circulação dos vírus da Dengue, Zika e Chikungunya na cidade. De acordo com Edivaldo Freitas, esse período de começo do ano e férias é muito propício para que o mosquito se prolifere.

TEC./SONORA: Edivaldo de Freitas, técnico do Programa Municipal de Controle da Dengue

“Principalmente agora, no verão, esses intervalos de sol e chuva são propícios para a proliferação do vetor. Infelizmente, associado ao fim de férias, que é quando as pessoas normalmente viajam e não tem aquele cuidado no quintal, com reservatórios de água e com os reservatórios dos animais. E o que complica mais é que, com a movimentação das pessoas em viagens para o estado e para outros estados, de modo geral, acaba agravando o aumento da circulação do vírus na nossa cidade.”

LOC.: Para ajudar no controle das doenças, 219 agentes de saúde inspecionam as casas da população e para acabar com os focos do mosquito. Ramon Queiroz faz esse trabalho na cidade há 16 anos e explica como é importante que, ao primeiro sinal de sintomas de Dengue, Zika ou Chikungunya, a pessoa procure um médico.

TEC./SONORA: Ramon Queiroz, agente de endemias


“A orientação que a gente dá é que procure um médico. E, também, o que a gente faz: a gente pede para procurar uma unidade de Saúde para poder fazer um registro e, com isso, a gente já começa a fazer um trabalho lá pela região do quarteirão da casa dele. Vamos nos aproximando de um raio de aproximadamente 500 a 300 metros, próximos da casa dele, para que a gente possa descobrir o foco gerador.”

LOC.: Vale lembrar que a Secretaria de Saúde de Minas Gerais também tem outra grande preocupação. Mais de 80 casos de Febre Amarela já foram confirmados no estado. Se a doença se espalhar para a zona urbana, o mesmo mosquito que transmite a Dengue, o Zika e a Chikungunya também transmitirá a Febre Amarela. Por isso, o jeito mais fácil de evitar todos esses problemas é não deixando o mosquito nascer. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde, Governo Federal.
 

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