Data de publicação: 18 de Março de 2016, 12:06h
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REPÓRTER: Pernambuco foi o primeiro estado a registrar microcefalia em decorrência do vírus zika. Ainda à frente no número de casos, de acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado nessa quarta-feira, 16, o estado tem 150 notificações e 1.150 casos suspeitos de microcefalia relacionados ao zika. Cerca de 40 novos casos suspeitos são notificados por semana. Em Pernambuco há 171 municípios com casos notificados, sendo que em 81 a doença foi confirmada. Um bebê morreu com microcefalia, mas o nome da cidade não foi divulgado. A mulher grávida passa por uma aflição muito grande até ter certeza do diagnóstico. A demora na realização dos exames é uma verdadeira saga. Para diminuir o tempo de espera, os Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome assinaram uma portaria destinando 10 milhões e novecentos mil reais aos estados para acelerar o diagnóstico. Até 31 de maio, cada estado vai receber uma parcela desse dinheiro de acordo com o número de casos notificados. Pernambuco é o estado que vai receber a maior parte dos recursos: três milhões e duzentos mil reais, divididos em duas parcelas. A meta do Ministério é concluir logo o diagnóstico de todos os casos em andamento. Em Pernambuco trezentos exames são realizados. Segundo a Secretaria de Saúde do estado, após o nascimento, o bebê é encaminhado para os centros de referência para fazer tomografia. O Diretor geral de Controle de Doenças e Agravos da Secretaria de Saúde de Pernambuco, George Dimech explica que todos os recém-nascidos passam pelos exames.
SONORA: Diretor geral de Controle de Doenças e Agravos da Secretaria de Saúde de Pernambuco, George Dimech.
“Primeiro fazer a tomografia, a tomografia é confirma ou descarta o caso. Confirma se ele tem ou não as lesões e depois faz os exames de diagnóstico e os testes de ouvido, de olho e os testes neurológicos necessários para o acompanhamento dele.”
REPÓRTER: Segundo George Dimech, as mães recebem assistência social, mas os municípios mais afastados têm dificuldades com transportes e outras particularidades, o que prolonga, ainda mais, a realização dos testes.
SONORA: Diretor geral de Controle de Doenças e Agravos da Secretaria de Saúde de Pernambuco, George Dimech.
“É o tempo do bebê ser referenciado da unidade de saúde onde ele nasceu para a referência regional onde ele nasceu fazer a tomografia. Isso varia de poucos dias até algumas semanas, dependendo da estrutura de cada região. Alguns lugares o transporte é um problema. Em outros lugares a capacidade do exame é o problema”.
REPÓRTER: O aumento nos casos de microcefalia começou em 2015, quando o Ministério da Saúde confirmou que a doença surge também a partir do vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypeti, o mesmo da febre chikungunya e da dengue.
Saiba mais em combateaedes.saúde.gov.br
Reportagem, Ana Paula Oliveira
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