MATO GROSSO: Lixo e reservatórios mal cuidados dificultam combate ao mosquito

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LOC: O combate ao mosquito que transmite Dengue, Zika e Chikungunya  ainda esbarra em questões ligadas ao comportamento da população e a problemas estruturais. De acordo com a coordenadora de vigilância ambiental de Mato Grosso, Ludmila Sofie, a maioria dos focos encontrados no estado está nos quintais dos moradores. Além disso, o descarte irregular em terrenos baldios também agrava a situação.

Por conta de um problema na distribuição de água, Ludmila afirma que outro fator acaba contribuindo para o nascimento dos mosquitos transmissores das três doenças.

TEC/SONORA: Ludmila Sofie, coordenadora de vigilância ambiental

“A maioria dos reservatórios pesquisados, onde encontraram larvas do mosquito, é de tamanho baixo porque eles não conseguem ter uma água contínua e uma pressão boa para a caixa d’água. Por isso eles acabam armazenando e para o mosquito é um prato quente. Tudo de bom para procriar e se desenvolver.”

LOC: Para armazenar água de maneira adequada é necessário fechar o recipiente por completo. A limpeza deve ser feita com água, bucha e sabão, para evitar que ovos colocados na parede do reservatório possam terminar o ciclo.  Esse cuidado é essencial porque os ovos do mosquito podem viver mais de um ano no ambiente seco.

Em 2017, Mato Grosso já registrou mais de 2.200 casos suspeitos de Dengue, 216 de Chikungunya e 102 de Zika. A arquiteta Luciane Veiga, 42 anos, é moradora do bairro Morada do Sol, em Cuiabá. Em 2015, a arquiteta foi infectada pelo Zika, mas, por sorte, teve os sintomas manifestados de maneira mais leve. Diferente do que ocorreu em 2001, quando Luciane enfrentou um grave caso de Dengue.

 TEC/SONORA: Luciane Veiga , arquiteta

“No hospital começaram a me medicar de uma forma, acredito que não sabiam o que estava acontecendo. Nisso, acho que a minha imunidade acabou abaixando muito. Acabei entrando numa espécie de falência. Eu chamei a enfermeira e falei que estava passando muito mal. Dei entrada na UTI e depois de vários exames constataram que era a dengue hemorrágica. Eu tive mais de 150 úlceras no intestino.”

 LOC: Para evitar situações como a de Luciane e também se prevenir contra a Chikungunya, que pode causar nos pacientes dores nas juntas por meses, e Zika, que pode causar microcefalia em bebês caso uma gestante seja infectada, é necessário tomar os cuidados que impedem a reprodução do mosquito. Para mais informações sobre as doenças e os métodos de prevenção acesse: saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde, Governo Federal.

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