MATO GROSSO: Alta infestação de mosquitos preocupa estado para epidemia de doenças

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LOC: Cinco dias internada em um hospital com entrada na UTI, mais de cem úlceras identificadas, dores nas juntas e muita fraqueza. O relato assustador é da arquiteta Luciane Veiga, 42 anos, de Cuiabá. Moradora do bairro Morada do Sol, Luciane teve Dengue hemorrágica, quadro mais grave da doença, em 2001. Em 2015, Luciane acabou infectada por outra doença transmitida pelo mesmo mosquito, desta vez, com o Zika, no entanto, a situação foi menos grave. Luciane conta que sentiu apenas dores nas juntas por poucos dias, mas que não chegou a ter todos os sintomas da doença, como por exemplo, as fortes coceiras, características do Zika. A arquiteta conta que não foi a única a passar por esta situação e que conhece muitas pessoas que tiveram Dengue ou Zika. Luciane comenta sobre os impactos disso no dia a dia.

TEC/SONORA: Luciane Veiga , 42 anos, arquiteta.

“A gente fica assustada. Hoje eu tenho filhos, quando eu tive a Dengue, não os tinha. Você fica o tempo inteiro com medo de sair, ir à beira de rio, parques. Chega certo horário que os mosquitos começam a aparecer e você fica preocupado. Você acaba mudando seus hábitos de certa forma.”

LOC.: A Capital é justamente uma das cidades que mais preocupam a secretaria estadual de saúde. Além de Cuiabá, Várzea Grande é outra região que chama a atenção, segundo a coordenadora de vigilância ambiental do estado, Ludmila Sofie de Souza. Em 2017, de acordo com Ludmila, o estado já registrou mais de dois mil casos de Dengue, 216 de Chikungunya e 102 de Zika. Ela comenta sobre o atual cenário e faz um alerta.

TEC/SONORA: Ludmila Sofie, coordenadora de vigilância ambiental.

“O estado como um todo me demonstra, que nós tivemos uma redução até significativa desses casos. Tanto para Dengue, quanto para Zika e Chikungunya. Embora, nós observemos que, mesmo reduzidos, os casos de Chikungunya começaram a crescer em relação às demais doenças. Nós temos uma redução na semana, de janeiro até semana passada, mas mesmo assim, a gente observa que temos mais casos do que Dengue e Zika.”

LOC: A preocupação com o crescimento de casos de Chikungunya está relacionada aos sintomas, que são: febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Podem ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Esses sintomas, em muitos casos, podem permanecer no paciente durante meses. Para saber mais formas de combate ao mosquito e sintomas das doenças acesse o site: saude.gov.br/combateaedes. 



 

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