MASSACRE: Pelo menos 60 pessoas morreram durante rebelião em presídio de Manaus

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REPÓRTER: Pelo menos 60 presos que cumpriam pena no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, o Compaj, em Manaus, foram mortos durante a rebelião que começou no início da tarde deste domingo (1º) e terminou na manhã desta segunda-feira (2), depois de mais de 17 horas de duração. A informação foi divulgada pelo secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes.
 
De acordo com Fontes, a chacina é resultado da rivalidade entre duas organizações criminosas que disputam o controle de atividades ilícitas na região: a Família do Norte, FDN, e o Primeiro Comando da Capital, o PCC.
 
Durante a rebelião, agentes penitenciários da empresa terceirizada Umanizzare e 74 presos foram feitos reféns. Parte desses detentos foi assassinada e pelo menos seis também foram decapitados. Corpos foram arremessados sobre os muros do complexo.
 
As autoridades do estado ainda não sabem quantos presos conseguiram fugir do Compaj, em Manaus. Horas antes do início da rebelião, dezenas de detentos escaparam de outra prisão da cidade, o Instituto Penal Antônio Trindade. O Secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, acredita que essa fuga pode ter servido de cortina de fumaça para acobertar a ação no Compaj.
 
Em nota, o Ministério da Justiça informou que o ministro Alexandre de Moraes manteve contato constante com o governador do Amazonas, José Melo de Oliveira, durante toda a ação. O governo estadual deve utilizar parte dos 44 milhões de reais que o Fundo Penitenciário do Amazonas recebeu do Fundo Penitenciário Nacional na última quinta-feira (29) para reparar os estragos na unidade.
 
Reportagem, Bruna Goularte

 

 

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