MARANHÃO: Secretaria de Saúde intensifica em presídios ações de combate à Tuberculose

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LOC: O número de casos de Tuberculose dentro dos presídios no Maranhão vem crescendo a cada dia. No ano passado, 172 presos contraíram a doença. Este ano, já são 14 confirmados. Antônio Sá, 38 anos, cumpre pena há dois anos na Unidade Prisional de Ressocialização São Luís 1. No fim de 2016, começou a ter os sintomas da doença: febre alta, perda de apetite e tosse. Foi levado para o atendimento médico da unidade e em seguida recebeu o diagnóstico de que estava com Tuberculose. Antônio conta que já presenciou a morte de vários colegas que tinham a doença e não seguiram o tratamento de forma correta. Para ele, o maior obstáculo não é vencer a Tuberculose, mas saber lidar com o preconceito.

TEC/SONORA: Antônio Sá, detento.

“Os irmãos ficavam com nojo, inclusive se eu estivesse comendo algo eles não queriam comer. Uns passavam perto de mim, outros passavam bem distante. Pediram até que eu fosse internado, saísse do pavilhão.”

LOC: O aumento de casos de Tuberculose nas unidades prisionais fez com que aSecretaria de Saúde intensificasse as ações de capacitação demédicos, enfermeiros e agentes penitenciários que trabalham no local. Segundo a coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose da Secretaria, Rosany Leandra Carvalho, um dos objetivos é detectar a doença de forma precoce. 

TEC/SONORA: Rosany Leandra Souza Carvalho, coordenadora Estadual do Programa de Combate a Tuberculose.

“Hoje as unidades prisionais são sensibilizadas pra isso. Todos os presos hoje, quem têm tosse há mais de duas semanas, que são classificados como sintomáticos respiratórios, têm acesso a todos os exames de diagnóstico, os exames laboratoriais e aos medicamentos dentro das unidades prisionais.”

LOC: A coordenadora do Programa Nacional de Combate à Tuberculose do Ministério da Saúde, Denise Arakaki, pede que parentes e amigos,ao visitarem os presos, fiquem atentos aos sintomas da doença.

TEC/SONORA: Denise Arakaki, coordenadora Nacional do Programa de Controle da Tuberculose.

“Eles devem observar a presença de tosse, de emagrecimento e de cansaço. Às vezes o familiar conseguemelhor do que o privado de liberdade observar um declínio da saúde desse indivíduo que está preso. Nessa situação, os familiares devem orientar a pessoa a procurar o serviço de saúde.”

LOC:A Tuberculose, apesar de ser uma doença contagiosa, tem cura. Se a tosse persistir por mais de três semanas, deve procurar um atendimento médico. O tratamento é gratuito! Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de cura.

Para saber mais sobre a doença e o tratamento, acesse saude.gov.br  Ministério da Saúde, Governo Federal. 

 

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