Data de publicação: 13 de Março de 2015, 03:00h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:30h
REPÓRTER: Impulsionados pelas redes sociais, manifestantes pró e contra o governo da presidente Dilma Rousseff vão às ruas de todo país levantando bandeiras ideológicas nesta sexta-feira e no próximo domingo. Segundo o cientista político, Valdir Pucci, a participação popular reflete um amadurecimento da população diante do processo democrático.
SONORA: cientista político, Valdir Pucci
“ Faz parte do jogo democrático todos se manifestarem seja a favor, seja contra um determinado governo, uma determinada ação de governo. Então, eu vejo isso com bons olhos, eu vejo isso com um amadurecimento democrático da sociedade brasileira. A oposição tem que ser oposição, se manifestar contrário, mas não pode defender rupturas democráticas. Da mesma forma que os apoiadores do governo devem agir defendendo o governo, mas também não cercear o direito da oposição em se manifestar.”
REPÓRTER: As manifestações têm sido marcadas pelas redes sociais o que, segundo o cientista político, é um fator positivo para aproximar a discussão da sociedade. Mas, para Valdir Pucci, defender e compartilhar ideias pode criar o chamado ‘manifestante de sofá’.
SONORA: cientista político, Valdir Pucci
“ Na hora de ir às ruas, ele não vai. Ele se acomoda na sua manifestação, no seu grito puramente dentro das redes sociais. Ele está ali na frente dele, do sofá dele com o tablet dele , ta sentado na cadeira dele, na frente do computador dele e ele está se manifestando sem mostrar a cara. O foco ainda é as ruas.”
REPÓRTER: Ainda segundo o cientista político, para que a manifestação marcada pelas redes sociais se consolide de uma maneira mais forte no processo democrático é preciso que a população vá às ruas exercer a cidadania.
Reportagem, Ivana Sant’Anna