MACEIÓ (AL): Município tem dificuldade de diagnosticar casos de Tuberculose

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LOC: Maceió registra uma média anual de 500 novos casos de Tuberculose. De acordo com a Secretaria de Saúde do município, a detecção precoce dos casos, essencial para o controle da doença, ainda é muito baixa. São realizados pouco mais de 1.400 exames de Tuberculose por ano. A taxa ideal seria de pelo menos 10 mil pessoas examinadas. Tatiana Almeida do Nascimento, enfermeira e técnica do Programa Municipal do Controle da Tuberculose explica que a estratégia de atendimento nas unidades de saúde ainda é deficiente.

TEC/SONORA: Tatiana Almeida do Nascimento, enfermeira e técnica do Programa Municipal do Controle da Tuberculose.

“O problema é que, aqui, a nossa cobertura de estratégia da família é muito baixa, é menos de 30%, então 70% da população de Maceió é atendida em unidade de demanda espontânea. A gente não tem aquela ação dentro da população para detectar precocemente os casos.”

LOC: Além da dificuldade no diagnóstico precoce, o tratamento é longo. E a doença é cercada de estigmas. A crença de que a pessoa em tratamento de Tuberculose deve ficar isolada do convívio social ainda persiste e impede que muitas pessoas admitam o diagnóstico. De acordo com a enfermeira, não existe necessidade de isolamento. Ela explica que o ideal é começar o tratamento o mais rápido possível para quebrar a cadeia de transmissão.

TEC/SONORA: Tatiana Almeida do Nascimento, enfermeira e técnica do Programa Municipal do Controle da Tuberculose.

“Que nos primeiros 15 dias de tratamento ou até a negativação da baciloscopia, que é o mais indicado, que ele use uma máscara. Mas que não tem problema em relação a talheres, abraços, beijos. A orientação maior é em relação a ele colocar uma máscara ou coisa do tipo quando estiver em ambiente fechado ou coisa do tipo, mas isolamento não.”

LOC: A Tuberculose é transmitida pela respiração, fala, espirro ou tosse. A bactéria fica no ar e entra pelas vias aéreas da outra pessoa, se instalando no pulmão. A enfermeira Tatiana Almeida do Nascimento também reforça a importância de examinar as pessoas que convivem ou tiveram contato com um paciente diagnosticado com Tuberculose.

TEC/SONORA: Tatiana Almeida do Nascimento, enfermeira e técnica do Programa Municipal do Controle da Tuberculose.

“Que ele leve os contatos domiciliares para serem examinados na unidade, para ver a possibilidade de algum contato estar doente até antes do paciente ou estar em uma fase de latência, para que sejam tomadas as medidas de controle.”

LOC: Entre os sintomas da Tuberculose estão a tosse por mais três de semanas, perda de peso, febre e suores noturnos, além de fadiga excessiva. Tosse por mais de três semanas pode ser Tuberculose. Em caso de suspeita, procure a unidade básica de saúde mais próxima e faça um exame. Para saber mais, acesse: saude.gov.br.
 

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