LUÍS EDUARDO MAGALHÃES (BA): Vacinação contra HPV continua baixa no município. Meninas entre 11 e 13 anos devem se imunizar

Boatos afastam meninas entre 11 e 13 anos da vacinação contra HPV, em Luís Eduardo Magalhães. Segundo Ministério da Saúde, a vacina é segura

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REPÓRTER: O ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, a dose contra o vírus HPV, para diminuir os registros de câncer do colo do útero, no Brasil. Mas, os casos de algumas meninas que tiveram possíveis efeitos colaterais, por conta da vacina, fizeram com que as meninas de Luís Eduardo Magalhães não procurassem a segunda dose de imunização. Durante a aplicação da segunda dose da vacina, 11 meninas, em São Paulo, reclamaram de dor de cabeça, tonturas e tremedeiras. Esses efeitos colaterais, que possivelmente foram causados pela vacina, fizeram com que os pais das meninas impedissem que elas fossem imunizadas. Por conta dessa repercussão, a busca pela segunda dose da vacina no município de Luís Eduardo Magalhães foi abaixo do esperado pelo ministério da Saúde. Dados do ministério apontam que, menos de oito por cento das meninas, entre 11 e 13 anos de idade, foram imunizadas. A meta do ministério é vacinar, no mínimo, 75 por cento das jovens. Os pais das meninas podem ficar tranquilos. O ministério da Saúde garante que, a vacina é segura e eficaz. O diretor de Vigilância das Doenças, Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, explica os possíveis efeitos colaterais da vacina.

SONORA:diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch
 
"Qualquer vacina, por ser uma injeção, ela pode produzir efeito colateral. Qualquer injeção pode produzir algum tipo de reação inflamatória no local de aplicação. Pode ficar um pouco vermelho, pode ficar um pouco dolorido, no entanto, isso não representa qualquer gravidade. Assim como, qualquer injeção pode provocar a reação em quem não gosta, em quem tem medo ou em quem reage a tomar injeção. Pode ser uma reação de dor, pode ser uma reação de nervosismo, pode até ser uma reação de desmaio, que aconteceria com qualquer injeção e, não por ser uma injeção que contém a vacina contra o HPV”.
 
REPÓRTER: De acordo com o ministério da Saúde, após a aplicação da primeira dose a adolescente deve tomar a segunda dose seis meses depois. A terceira dose, que é o reforço, tem que ser aplicada cinco anos depois. Somente com as três doses, a proteção vai estar completa. As meninas entre 11 e 13 de idade, que ainda não tomaram a segunda dose da vacina, podem procurar os postos de saúde de Luís Eduardo Magalhães. Há 15 unidades de saúde espalhadas por todo o município. Elas estão abertas a população de segunda a sexta-feira, entre oito da manhã às cinco da tarde. As adolescentes não precisam da autorização dos pais para se vacinar. Basta levar o cartão de vacinação ou um documento com foto.
 
Com colaboração de Guilherme Pesqueira,.reportagem, Henrique Carmo

 

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