LONDRINA (PR): Hemocentro busca doações de todos os tipos sanguíneos

Dos 553 mil habitantes da cidade, apenas 1% doa sangue regularmente

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LOC.: O município de Londrina, localizado no norte paranaense, registra em média 15.000 doações de sangue por ano. O Hemocentro Regional é responsável por atender cerca de um milhão de pessoas, 22 hospitais públicos e 17 municípios da região. Segundo o coordenador da unidade, Fausto Trigo, a principal dificuldade está no deslocamento dos doadores até o hemocentro, que está em uma zonamais  afastada do centro da cidade. Há também variações de clima e épocas do ano que podem comprometer o estoque. Apesar disso, o gestor afirma que o banco de sangue tem suprido as necessidades e ressalta a importância das doações regulares, independente do tipo sanguíneo.

TEC./SONORA:
Fausto Trigo, coordenador do Hemocentro de Londrina.

“Os tipos de sangue mais demandados na verdade são todos os tipos de sangue, o A, o O, o B e o AB, tanto RH positivo quanto negativo. Existe uma tendência a sempre se falar no sangue O negativo como sendo o de mais difícil obtenção. No entanto, o O negativo ele é mais procurado justamente porque os outros tipos sanguíneos, constantemente, também estão defasados em estoque.”

LOC.: A aposentada Odete Feliciano, de 75 anos, foi diagnosticada há uma década com mielodisplasia. A doença é caracterizada pela incapacidade das células-tronco da medula óssea de se desenvolverem em células sanguíneas funcionais. Moradora do bairro Jardim Columbia, dona Odete precisa de transfusão a cada 15 dias. Ela toma duas bolsas de sangue de 300 mililitros cada. Da sua residência até o hemocentro são cerca de 12 quilômetros.

Viúva, mora sozinha, mas é assistida pelos filhos. São eles que a levam e a buscam de carro. Segundo o relato, cada bolsa de sangue demora em média uma hora e meia para ser feita a transfusão. A aposentada costuma ir cedo, por volta das oito da manhã, e conta que o procedimento não dói. Em tratamento há nove anos, dona Odete conta que o cansaço e a fraqueza são os principais sintomas que se manifestam no corpo. Apesar das dificuldades, ela agradece a solidariedade de quem já doa sangue e faz um apelo para que outras pessoas ajudem a salvar vidas, como a dela.

TEC./SONORA: Odete Feliciano, aposentada.

“A gente está fraca, com nove anos já fazendo esse tratamento, mas muito bom, graças a Deus. Se não fosse esse tratamento eu já estaria morta. Não tem outro remédio, eu já sou de idade, não dá para fazer transplante, então é o sangue que é a minha vida. Se não fosse o sangue, eu não vivia. Agradeço muito a Deus de ter esse sangue. Peço para os doadores doarem sangue porque ele está salvando muitas vidas.”

LOC.:
Apenas 1% da população de Londrina doa sangue regularmente, segundo dados do hemocentro. Para reverter esses números e salvar vidas, é importante conhecer as condições básicas para a doação e ser sincero na entrevista que antecede o procedimento. Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos, pesando no mínimo 50 quilos, em bom estado de saúde. No dia da doação, é imprescindível levar documento de identidade com foto. Na cidade, o Hemocentro Regional fica na Rua Cláudio Donizeti Cavalliere, no bairro Jardim Aruba. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, de uma às seis e meia da tarde. No sábado, o horário é de oito da manhã às cinco da tarde. O telefone é 3371-2218. Repetindo: 3371-2218. Doe sangue regularmente e ajude a quem precisa. Para mais informações, acesse saude.gov.br/doesangue.

 

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