LOC.: O ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu negar o pedido de prisão do senador Aécio Neves e não levará a decisão sobre o assunto para o plenário da Suprema Corte. Com isso, o assunto só volta a ser decidido na Corte se o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recorrer da decisão de Fachin. O ministro que é o relator da Lava-Jato no STF já tinha decidido pelo afastamento de Aécio Neves do cargo de senador na manhã desta quinta-feira (18). Agora, apesar de poder frequentar o Congresso Nacional, Aécio não pode participar de votações, nem de outras atividades parlamentares.
A decisão tomada nesta manhã ocorreu depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o afastamento do mandato do parlamentar e a prisão do senador tucano.
A irmã de Aécio, Andréa Neves e o primo Frederico Pacheco foram presos por agentes da Polícia Federal, ainda durante a manhã desta quinta. As prisões preventivas foram determinadas por Edson Fachin para evitar a interferência de ambos nas investigações. Edson Fachin ainda deverá analisar as provas coletadas durante o dia, ainda nesta quinta-feira (18).
Além disso, o ministro também vai avaliar se manterá ou não, o sigilo das delações de Joesley e de deu irmão, Wesley Batista.
De acordo com reportagem do jornal ‘O Globo’, publicada na noite desta quarta-feira (17) Aécio Neves teria sido gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista. A Polícia Federal chegou a filmar a entrega do dinheiro ao primo do senador, Frederico Pacheco de Medeiros. Ao rastrear o destino do dinheiro, a PF descobriu que ele foi depositado em uma conta do senador Zeze Perrella (PMDB-MG).
Reportagem, Marquezan Araújo