LAVA JATO: Delação de ex-presidente de empresa da Petrobras liga Temer a esquema de propina

Dinheiro teria sido repassado por meio de doações eleitorais

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REPÓRTER: Ségio Machado, ex-presidente da Transpetro, revelou em depoimento de delação premiada aos investigadores da Operação Lava Jato que o presidente interino, Michel Temer, teria pedido doação de um milhão e meio de reais para campanha de Gabriel Chalita, em 2012, quando concorria à prefeitura de São Paulo. Ainda de acordo com o depoimento que teve conteúdo divulgado na noite desta quarta (15), mais de 20 políticos de seis partidos receberam propina.  Machado ainda revelou que parlamentares do PMDB, PT, PP, DEM, PSDB e PC do B teriam recebido o dinheiro em forma de doações eleitorais. Segundo o ex-presidente da Transpetro, Renan Calheiros teria recebido 300 mil reais mensalmente, já Romero Jucá teria arrecadado ao todo, 21 milhões de reais em propina. O ex-ministro Edison Lobão, teria pedido 500 mil reais por mês. Machado ainda diz ter pago mais de um milhão e meio de reais, entre 2008 e 2014, a Henrique Alves, atual ministro do Turismo. Sérgio Machado também contou que na eleição de 1998, Aécio Neves recebeu um milhão de reais de maneira ilegal. Machado fechou um acordo de delação premiada, se comprometendo a ajudar nas investigações da Lava Jato e devolvendo75 milhões de reais aos cofres públicos, em troca de uma pena menor. O acordo foi homologado pelo ministro Teori Zavascki, relator da operação no Supremo Tribunal Federal no final de maio. Em nota oficial do Planalto, Temer afirma que sempre respeitou os limites legais para buscar recursos para campanhas eleitorais, e que jamais permitiu arrecadações fora da lei. As declarações foram classificadas como “levianas” e “inverídicas” pelo presidente interino Michel Temer.
 

 

Reportagem, Raphael Costa

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