JUVENTUDE: Projetos querem mudar histórias de vida

Parceria entre o Ministério Público do Trabalho e 14 instituições públicas e da sociedade civil  garantirão cursos profissionalizantes e educação musical para jovens que cumprem medidas socioeducativas ou que vivem situações de vulnerabilidade social.

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REPÓRTER: Parceria entre o Ministério Público do Trabalho e 14 instituições públicas e da sociedade civil  garantirão cursos profissionalizantes e educação musical para jovens que cumprem medidas socioeducativas ou que vivem situações de vulnerabilidade social. Os projetos “Escrevendo e Reescrevendo a Nossa História” foram lançados nesta segunda-feira, 27, em dois locais distintos na Região Metropolitana de Belém: a paróquia Mãe Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Telégrafo; e o Espaço Maria Augusta, na Transcoqueiro, no Una. Representando durante a solenidade de lançamento dos projetos o presidente do Tribunal de Justiça do Pará, desembargador Ricardo Ferreira Nunes, o juiz titular da 3ª Vara de Infância e Juventude, Wanderley de Oliveira Silva, disse que a inserção das famílias nos projetos é uma questão crucial.
 
SONORA: Juiz Wanderley de Oliveira Silva.
“Porque se não possibilitar minimamente a reestruturação dessa família, o jovem vai viver aonde, na rua? Então, a família, vai ser possibilitada os cursos aqui, inclusive pra família, pra através disso poder haver a empoderação da dignidade, da geração de renda e outras coisas mais.”
 
REPÓRTER: Os projetos envolverão esporte, cultura, lazer, profissionalização, musicalização, atendimento multidisciplinar e a preparação efetiva para o mercado de trabalho. O "Reescrevendo a Nossa História" será conduzido pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra), com apoio da Federação de Empreendedores Adventistas do Pará. A meta para 2017 é atender a 600 pessoas, para inseri-las no mercado de trabalho e reduzir a reincidência de ilícitos em Belém e na Região Metropolitana de Belém. O prefeito Zenaldo Coutinho também participou da solenidade de abertura no Espaço Maria Augusta e disse que a iniciativa abre novas perspectivas para a juventude.
 
SONORA: Prefeito Zenaldo Coutinho.
 “É por isso que a Prefeitura de Belém está de braços dados com o Tribunal, com o Ministério Público do Trabalho, para que a gente possa alcançar êxito nessas políticas de ressocialização."
 
REPÓRTER: Na Paróquia Mãe do Perpétuo Socorro, o projeto “Escrevendo a Nossa História” conta com o apoio da Fundação Carlos Gomes, que inicia a partir de abril cursos de musicalização, envolvendo ensino de teclado, violão, flauta doce e outros instrumentos para cerca de 450 pessoas, entre 7 e 21 anos. As aulas serão no espaço social da paróquia no Telégrafo, bairro considerado entre os mais violentos de Belém. O padre Márcio lembrou que a igreja está em um bairro, cuja realidade social é muito carente e os cursos de musicalização garantirão à comunidade algo mais que a escola.
 
SONORA: Padre Márcio.
 
“Como nós estamos em um ambiente onde a violência está muito frequente, então tudo isso vem ajudar na educação dos futuros cidadãos”.
 
REPÓRTER: As solenidades contaram com a participação do grupo de chorinho da Associação Paraense de Pessoas com Deficiência (APPD) e do Grupo de Percussão do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa), das crianças do projeto Música e Cidadania, da República de Emaús, da soprano Dhuly Contente, responsável pelo polo do projeto na Igreja do Perpétuo Socorro; e do pianista Paulo José Campos de Melo, presidente da Fundação Carlos Gomes.
  
Thamyres Nicolau, com reportagem de Edir Gaya

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