LOC: O projeto “Conhecer para Combater” nasceu de um sonho pequeno, mas com grandes resultados. O sonho de uma mulher que acredita na educação como forma de transformar a sociedade. Ivanilda Soares é coordenadora de Vigilância Sanitária, Ambiental e Saúde do Tabalhador de Iporã e idealizadora do projeto. Sua ideia era bem simples: juntar crianças e adolescentes e mostrar a eles como é importante combater o mosquito que transmite Dengue, Zika e Chikungunya. Hoje, com o apoio do Serviço de Fortalecimento de Vínculos da cidade, cerca de 120 crianças de seis a 15 anos de idade participam do Conhecer para Combater. É o que explica, orgulhosamente, Ivanilda.
TEC/SONORA: Ivanilda Soares, coordenadora de Vigilância Sanitária, Ambiental e Saúde do Trabalhador
“Porque a finalidade do projeto, o objetivo dele é transformar mesmo. É transformar para conhecer. Que a criança conhece. E como nesse serviço de fortalecimento todo o ano vão chegando alunos, então ele se torna contínuo”.
SONORA: Mas como cantou Raul Seixas,“sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Sonho que se sonha junto é realidade”, quem ajudou Ivanilda na missão do “Conhecer para Combater”, foi Maria Ferraz, outra sonhadora. Ela é coordenadora do Serviço de Fortalecimento de Vínculos de Iporã, um projeto em que os alunos da rede municipal ficam em tempo integral na escola. No turno contrário às aulas, eles fazem atividades, gincanas, e aprendem sobre diversos temas. É justamente aí que Saúde e Assistência Social se juntaram e o Conhecer para Combater nasceu.
Agora, as 120 crianças que participam do projeto já fizeram cartazes, passeatas e atividades para combater o mosquito. E o sonho não acaba por aí. O objetivo é ir além, e transformar esses alunos em Agentes Mirins. Ou seja: em pequenos combatentes que vão ser capazes de reconhecer focos do mosquito dentro de suas casas e vão poder alertar os pais e amigos sobre os perigos de deixar água parada. Para Maria Ferraz, o projeto é motivo de muito orgulho.
TEC/SONORA: Maria Ferraz, coordenadora do Serviço de Fortalecimento de Vínculos
“Só que a gente tem a outra etapa do projeto para desenvolver no próximo ano. A gente pretende formar os Agentes Mirins. Então, seria um trabalho mais ou menos assim. Eu sou muito agradecida de fazer parte disso. De orientá-los a fazerem isso. Então, prevenir a questão da saúde pública, para mim, é um motivo de muita gratidão.”
REPÓRTER: O “Conhecer para Combater” já faz parte da rotina dos alunos do Serviço de Fortalecimento de Vínculos. Caroline Nicole Palma, por exemplo, só tem 11 anos de idade e já sabe como é importante combater o mosquito. Ela conta como foi a primeira aula do projeto.
TEC/SONORA: Caroline Nicole Palma, estudante
“Esse projeto, quando a tia Maria pegou a gente para fazer uma reunião sobre a Dengue, ela pegou uma mesa, enfeitou, pegou uma latinha de manteiga, uma garrafa e um copo. E quando eles [recipientes] estão de bruços, não juntam água e o bichinho da Dengue não vem. E quando eles estão levantados e põe água, eles pode criar o mosquito com as doenças.”
LOC: E não é só isso: Nicole também sabe quais são as consequências de deixar água parada acumulada e faz sua parte dentro de casa. Ela lamenta por uma amiga que se descuidou e ficou doente.
TEC/SONORA: Caroline Nicole Palma, estudante
“A minha amiga teve Chikungunya. Ela não cuidava do quintal dela. Ela só deixava lixo, ela pegava sucata e não cuidava. E pegou a doença. Ela ficou sentindo dor de cabeça, dor no corpo, dor no pé. Dor de tudo.”
LOC: Sonhos como o de Ivanilda e Maria fazem toda a diferença, não é mesmo gente? Mas para dar certo, todo mundo precisa colaborar e fazer a sua parte. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda que você separe 15 minutinhos, toda a semana, para eliminar os possíveis focos do mosquito de dentro de casa. Para saber mais, acesse: saude.gov.br/combateaedes.