IMUNIZAÇÃO: Municípios de Alagoinhas e Candeias estão abaixo da meta de vacinação contra o HPV

Municípios baianos não bateram a meta de 75 por cento de vacinação nas meninas entre 11 e 13 anos de idade.

 

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REPÓRTER: A procura pela vacina contra o vírus HPV nos 21 postos de saúde em Alagoinhas e Candeias foi baixa. Os dois municípios não alcançaram a meta de imunização estabelecida pelo Ministério da Saúde, que é vacinar no mínimo 75 por cento das meninas baianas. Dados do ministério apontam que apenas 33 por cento das garotas foram vacinadas em Candeias. E apenas 21 por cento das adolescentes tomaram a imunização no município vizinho, Alagoinhas. A campanha de vacinação contra o vírus HPV tem o objetivo de diminuir os casos de câncer do colo do útero no Brasil. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o vírus HPV é a principal causa do câncer do colo do útero, que é a quarta doença que mais mata mulheres no Brasil. A população baiana tem que ficar atenta as três fases da campanha de vacinação contra o HPV. O Diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, explica a importância das três doses da vacina.

SONORA: Diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde - Cláudio Maierovitch.
 
"A imunização ela é dada por uma vacina oferecida em três doses, e as três doses são importantes. Então ela é iniciada em meninas aos onze anos de idade. Nós estamos iniciando com meninas de onze a treze anos de idade justamente para alcançar aquelas que já completaram onze anos há mais tempo. Então neste momento da introdução da vacina, isso é um calendário um pouco estendido, porque no futuro nós manteremos apenas a primeira dose aos onze anos de idade. Depois de tomar a primeira dose, ela recebe uma segunda dose de reforço. A dose única ela não é eficaz para produzir a proteção contra o HPV, por isso as duas doses, e uma terceira dose cinco anos depois”.
 
REPÓRTER: As meninas de Candeias e Alagoinhas não precisam se preocupar com possíveis efeitos colaterais da vacina contra o HPV. O secretário de Ciência, Tecnologia e insumos do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, conta que no Brasil não houve nenhum caso de efeito colateral.
 
SONORA: Secretário de Ciência, Tecnologia e insumos do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
 
“É recomendada essa vacina porque é uma vacina eficaz para prevenir o câncer no colo de útero e é uma vacina segura. Nós não tivemos nenhuma reação grave associada a essa vacina no Brasil, como não houve em nenhum lugar do mundo. Há reações adversas como qualquer produto injetável, reações alérgicas, reações locais e isso é infinitamente menor que os grandes benefícios que essa vacina pode produzir”.    
 
REPÓRTER: A Coordenadora do programa estadual de imunização da Bahia, Fátima Guirra, faz um convite às meninas baianas para procurarem as unidades de saúde para se imunizarem.
 
SONORA: Coordenadora do programa estadual de imunização da Bahia, Fátima Guirra.
 
“Então, é importante que todas as crianças que ainda não tiveram a oportunidade de receber a primeira ou a segunda dose da vacina contra o HPV busque os 417 municípios da Bahia e qualquer unidade básica de saúde, porque tem disponível essa vacina essa vacina quadrivalente para prevenção do câncer de colo do útero e também das lesões anus-genitais”.
 
REPÓRTER: Os 21 postos de saúde espalhados por Candeias e Alagoinhas funcionam de segunda a sexta-feira, de oito da manhã às cinco da tarde. As meninas devem levar o cartão de vacinação ou um documento de identidade quando forem tomar a vacina.
 
Com colaboração de Guilherme Pesqueira, reportagem Henrique Carmo

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