Data de publicação: 25 de Maio de 2017, 15:30h
REPÓRTER: O Sistema Único de Saúde vai começar a oferecer um novo medicamento para combater o HIV, que tenta reduzir o risco de infecção antes da exposição ao vírus. O tratamento preventivo consiste no consumo diário do medicamento Truvada, por pessoas que não têm o vírus, mas que estão mais expostas a uma possível infecção, como profissionais de saúde, homossexuais, homens que fazem sexo com homens, pessoas trans e casais sorodiscordantes - que é quando um dos parceiros é soropositivo e o outro não. O anuncio foi realizado nessa quarta-feira (24), pelo Ministro da Saúde, Ricardo Barros, em Genebra, na Suíça, onde participa da Assembleia Mundial da Saúde.
SONORA: ministro da Saúde, Ricardo Barros.
“A Anvisa publicará a autorização para que o medicamento chamado truvada sirva, também, como preventivo. Ele vai ser usado agora como preventivo para populações-chave, de modo que iniciaremos esta ação com um investimento de um milhão e novecentos mil dólares, dois milhões e meio de comprimidos na primeira compra que devem atender sete mil pessoas”.
REPÓRTER: Com a medida, o Brasil se torna o primeiro país da América Latina a utilizar a estratégia de prevenção como política de saúde pública. A diretora do Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, explica como foi o processo de avaliação dessa estratégia.
SONORA: diretora do Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken.
“O Brasil, para chegar nesse momento, financiou cinco diferentes projetos que aconteceram no país e demonstraram a eficácia do produto. No último Congresso Mundial foi mostrado o impacto, ou seja, que ele é um método custo-efetivo para essa população mais vulnerável. Por tanto, esse oferecimento se dá no bojo de evidências científicas e essa incorporação vai ser feita de forma gradativa”.
REPÓRTER: Inicialmente o tratamento preventivo será ofertado em 12 cidades e, ao longo do ano, será estendido para todo o país. São elas: Porto Alegre; Curitiba; São Paulo; Rio de Janeiro; Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Manaus, Brasília, Florianópolis, Salvador e Ribeirão Preto. Vale ressaltar que o medicamento só será indicado após testagem do paciente para HIV, uma vez que é contraindicado para pessoas que já estejam infectadas pelo vírus. Para saber mais informações acesse www.saude.gov.br.
Reportagem, Janary Damacena.
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