GOIÁS: Meninas de 11 a 13 anos devem se proteger contra o câncer do colo do útero

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REPÓRTER: A segunda dose da vacina contra o HPV, vírus que provoca o câncer do colo do útero, está disponível de graça nos postos de saúde de todo o país para as meninas de 11 a 13 anos de idade. Apesar do sucesso da vacinação na primeira etapa, a segunda fase da vacinação não está tendo a adesão necessária para que essas meninas não tenham câncer do colo do útero quando forem adultas. No caso do estado de Goiás, por exemplo, a segunda dose foi aplicada somente em 45 por cento do público alvo. Na primeira fase, a meta chegou a ser superada e mais de 100 por cento das adolescentes que formam o público alvo foram vacinadas. O problema é que não adianta tomar a primeira dose e não tomar a segunda. A auxiliar administrativo Vanessa Rodrigues mora em Goiânia e tem uma filha de 11 anos que tomou a primeira dose e vai tomar a segunda nos próximos dias. Ela garante que os pais não precisam ter medo, já que a vacina é totalmente segura e salva vidas.
 
SONORA: auxiliar administrativo – Vanessa Rodrigues
 
“Eu recomendo que as mães levem as suas filhas para tomar essa vacina porque ela é muito importante e é uma maneira de você estar protegendo a sua filha, porque a gente nunca sabe o futuro, onde que nossas filhas vão estar, o que eles vão estar fazendo. O que a gente pode fazer agora é proteger dando a vacina. Levei a Gabriela para tomar a vacina e ela não teve nenhum tipo de reação, foi tudo tranquilo, mas o importante é que ela agora está protegida”.
 
REPÓRTER: A gerente de Imunização e Rede de Frios de Goiás, Clécia Di Lourdes Vecci, lembra que a vacina contra o HPV é de graça e precisa de três doses para fazer efeito.
 
SONORA: gerente de Imunização e Rede de Frios de Goiás – Clécia Di Lourdes Vecci
 
“Lembrando que essa vacina está disponível na rede pública. É uma vacina bastante importante pela alta incidência que tem o câncer do colo do útero e até mesmo mortalidade. E lembrando que aquelas adolescentes que tomaram a primeira dose é muito importante para que ela tenha 100% de proteção, ela tome a segunda dose, daí cinco anos toma a terceira. Então, a gente faz um apelo. Em Goiás são 86.506 adolescentes que tomaram a primeira dose e não tomaram a segunda. Portanto, elas não estão protegidas”.
 
REPÓRTER: O Ministério da Saúde recomenda aos governadores, prefeitos e gestores municipais e estaduais da Saúde e da Educação para adotarem a estratégia de vacinação contra o HPV nas escolas. Isso porque o público adolescente não costuma ir aos postos de saúde e, além disso, experiências anteriores com outras campanhas de vacinação tiveram mais sucesso com a aplicação das doses nas escolas. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, reforça aos pais e meninas de 11 a 13 anos que não há motivos para terem receio, já que a vacina é segura e utilizada em todo o mundo.
 
SONORA: secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde – Jarbas Barbosa
 
“Vale lembrar que essa vacina já é usada em mais de 100 países do mundo. Essa vacina tem mais de 50 milhões de doses aplicadas na Europa, nos Estados Unidos. É recomendada, essa vacina, porque é uma vacina eficaz para prevenir o câncer do colo do útero e é uma vacina segura. Nós não tivemos nenhuma reação grave associada a essa vacina no Brasil, como não houve em nenhum lugar do mundo. Há reações adversas, como em qualquer produto injetável, reações alérgicas, reações locais. Isso é infinitamente menor que os grandes benefícios que essa vacina pode produzir”.
 
REPÓRTER: Completar as doses da vacina contra o HPV é essencial para evitar no futuro o câncer do colo do útero. Segundo dados do Ministério da Saúde, a doença mata 14 mulheres por dia no Brasil. Meninas de 11 a 13 anos devem procurar o posto de saúde mais próximo para se vacinar de graça.
 
Reportagem, Fábio Ruas

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