ESPÍRITO SANTO: Situação econômica do estado é positiva, mas setor previdenciário deixa a desejar, avalia deputado capixaba

O relatório da reforma da Previdência precisa  do apoio de pelo menos 308 deputados para seguir ao Senado Federal.

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A economia do Espírito Santo apresentou um resultado positivo nas contas públicas no mês de julho. Informações do Tribunal de Contas do Estado (TCE-ES) apontam que o governo capixaba arrecadou R$ 1,21 bilhão e gastou R$ 1,15 bilhão. O resultado gerou um superávit de R$ 56 milhões.

Avaliando a situação, o deputado Federal Lelo Coimbra (PMDB-ES) reconhece o bom desempenho do estado, mas ressalta que, quando o assunto é Previdência, o orçamento deixa a desejar. Para o parlamentar, a saída seria mesmo uma reforma no setor.

“Não há nenhum débito no nosso estado. A conta fechou nos dois primeiros anos e vai fechar nesse ano sem dever nada a ninguém nesse momento. Mas, nós temos um grande problema, que são as despesas de Previdência. Essas despesas, no Brasil, estão crescendo de maneira vertiginosa e no nosso estado, também muito. E a reforma da Previdência é fundamental.”

Dados do Instituto de Economia Aplicada (Ipea) indicam que o déficit no setor previdenciário do Espírito Santos está entre 6,5% e 13%. Os números constam em uma análise da Instituição que verificou os anos entre 2006 e 2015.

Isso significa que o dinheiro que o governo arrecada com as contribuições previdenciárias não está sendo suficiente para pagar as aposentadorias. E isso pode comprometer os recursos que seriam investidos em outras áreas, como explica o coordenador de Previdência Social do Ipea, Rogério Nagamine.

“Em geral, déficit é o valor que falta para completar o pagamento de benefícios. Ou seja, as contribuições que são feitas, vinculadas à Previdência, não são suficientes para fazer todo o pagamento de benefícios. A implicação de ter um déficit de Previdência, é que você precisa pegar recursos de outras fontes, com saúde e educação, para cobrir o pagamento de benefícios.”

O texto da reforma da Previdência aguarda para ser votado no Plenário da Câmara. O relatório precisa do apoio de pelo menos 308 deputados para seguir ao Senado Federal.

De Brasília, Marquezan Araújo
 

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