Data de publicação: 02 de Agosto de 2016, 14:53h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
REPÓRTER: Cerca de 300 professores, alunos e especialistas em educação debatem a Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, até esta quarta-feira (3) no Espírito Santo. As discussões começaram nesta terça (2) e têm o objetivo de reunir contribuições sobre o texto que vai definir quais são os conteúdos mínimos a serem discutidos por todos os alunos da educação básica no Brasil.
Os participantes podem propor mudanças, cortes ou acréscimos ao texto da segunda versão da Base Nacional Comum Curricular. Para o secretário de Educação do Espírito Santo, Haroldo Rocha, a discussão é necessária para aproximar os educadores de todo o Brasil da versão final do documento.
SONORA: Haroldo Rocha, secretário de Educação do Espírito Santo
“Agora, com esses debates, a gente chega mais perto dos educadores, dos professores, podendo de viva-voz, em grupo, debater cada dimensão da Base, que é importante para o dia a dia da escola, para o dia a dia do professor, para o dia a dia dos alunos. Para a gente dar uma contribuição final para que a gente tenha uma base realmente representativa de todas as visões que nós temos no Brasil”.
REPÓRTER: A elaboração da BNCC tem gerado debate entre acadêmicos, educadores e especialistas na área. A introdução de assuntos relacionados à identidade de gênero e à sexualidade no currículo escolar, por exemplo, não é consenso e, mesmo assim, está no texto elaborado pelo Ministério da Educação. O presidente da Câmara de Educação Básica da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, Samuel Lara, acredita que esses temas contrariam os princípios ensinados dentro de casa, pela família.
SONORA: Samuel Lara, presidente da Câmara de Educação Básica da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino
“Nós vivemos em um país com toda a sua diversidade, inclusive diversidade religiosa, mas nós temos um país de maioria cristã. E a maioria das propostas com relação às questões de gênero, na verdade, vêm distorcidas para destruir princípios e valores que são implantados pela família”.
REPÓRTER: Depois dos seminários que acontecem em todos os estados a previsão é a de que Conselho Nacional de Secretários de Educação, Consed, e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Undime, desenvolvam um relatório único, que deve ser entregue até o fim de agosto ao Ministério da Educação.
Reportagem, Bruna Goularte
