REPÓRTER: A Medida Provisória, proposta pelo governo federal, para reformular o Ensino Médio no país deve tomar conta do debate público durante o mês de fevereiro. Isso porque, a medida precisa ser votada pelo Senado Federal até, no máximo, dia 2 de março, caso contrário a proposta perde a validade.
A Medida Provisória tem a intenção de diminuir o número de disciplinas obrigatórias, focando o ensino em quatro áreas do conhecimento, sendo elas: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. A ideia é aprovada pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, a Confenen, entidade que representa as escolas particulares. De acordo com o diretor executivo da Confenen, João Luiz Cesarino, a diversificação das disciplinas vai ajudar os alunos a saírem do Ensino Médio mais preparados para enfrentar os desafios do primeiro emprego ou da universidade.
SONORA: João Luiz Cesarino, diretor executivo da Confenen
“A Confenen entende que o Ensino Médio como está colocado hoje está colocado, com 13 disciplinas, onde o aluno tem muito contato, mas não consegue aprofundar esse contato. Então, é aquele aluno que sabe um pouco de cada coisa. Então, as áreas de conhecimento como estão colocadas, elas vão fazer que existam essa possibilidade de aprofundamento nas disciplinas realmente importantes”.
REPÓRTER: A Confenen afirma que é a favor da Medida Provisória, mas acredita que alguns pontos devem ser alterados como, por exemplo, os que dizem respeito ao aumento progressivo da carga horária para mil e 400 horas anuais até se tornar integral, que de acordo com acordo com a entidade afeta diretamente o ensino público no Brasil, que não conseguirá atender à demanda de alunos.
Reportagem, João Paulo Machado