Engavetar reforma da Previdência até 2019 é “irracional”, diz liderança do PV

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Acertar as contas da Previdência é considerado pelo governo Federal como essencial para colocar a economia do país no caminho do crescimento novamente.
 
As mudanças necessárias para frear o rombo da Previdência precisam ser aprovadas no Congresso Nacional, mas a crise política causada pelas denúncias da PGR contra o presidente Temer rachou a base aliada do governo e os parlamentares divergem sobre a votação da reforma na Câmara dos Deputados.
 
O texto da reforma deveria ter sido analisado no Plenário da Casa em julho. No entanto, até hoje, não há acordo favorável entre os parlamentares para que isso ocorra.
 
Para o deputado Federal, vice-líder do PV, Roberto de Lucena, de São Paulo, a aprovação da reforma da Previdência vai ser um grande desafio para o governo, mas é necessária. Ele acredita que o contrário, ou seja, deixar a reforma engavetada, seria um ato de irresponsabilidade dos parlamentares para com o país.
 
“A análise desta matéria representa um desafio gigantesco. É irresponsável que a Câmara e o Congresso Nacional não se debrucem sobre a reforma da Previdência. Adiar a reforma da Previdência é também adiar a condição de reorganização fiscal e econômica do país.”
 
Entre os deputados Federais há quem defenda que a reforma da Previdência seja aprovada apenas no ano que vem quando, possivelmente, a crise política será superada.Entretanto, o deputado Roberto de Lucena ressalta que dificilmente a reforma será discutida em 2018 por ser um ano eleitoral e critica a postura dos colegas que tratam o assunto com paixão política exagerada.
 
“Me perdoem os ouvintes, mas chega a ser uma imbecilidade. Nós estamos tratando dentro de um ambiente de Fla, Flu, um tema estratégico de estabilidade nacional. Nós não temos como não enfrentar esse assunto. No ano que vem ninguém vai ter força para mexer com isso. Então, essa reforma ficará postergada para 2019, 2020. Isso é irracional.”
 
De acordo com o governo Federal, o rombo da Previdência pode superar os 180 bilhões de reais este ano. Quando passar a valer, o texto da reforma vai alterar a idade mínima de aposentadoria e o tempo de contribuição previdenciária do trabalhador. Os homens vão se aposentar aos 65 anos de idade e as mulheres aos 62 anos.
 

 

De Brasília, Cristiano Carlos  

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