EDUCAÇÃO: Mudanças no Enem vão minimizar cansaço dos candidatos, diz especialista

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REPÓRTER: As mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, apresentadas pelo ministério da Educação, geraram debates e discussões entre professores, alunos e especialistas.
Já a partir deste ano, as provas vão ser aplicadas em dois domingos seguidos, e não mais em um único fim de semana. O exame será realizado nos dias 5 e 12 de novembro. No primeiro domingo vão ser aplicadas as provas de ciências humanas, linguagens e redação. No segundo, as provas serão de matemática e ciências da natureza. Até o ano passado, a prova de redação era aplicada no segundo dia de exame. Com a mudança os estudantes terão cinco horas e meia para realizar a prova no primeiro domingo, e, no segundo, quatro horas e meia. O presidente da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, professor Roberto Dornas, elogiou a medida.

SONORA:
Roberto Dornas, presidente da Confenen

“A medida é prudente para evitar no mínimo um cansaço que acaba sendo uma maratona física, de resistência física e, não, realmente de conhecimento. Então fazer em dois domingos seguidos, isso me parece um bom caminho.”

REPÓRTER:
Entre as mudanças anunciadas pelo MEC também estão a isenção da taxa de inscrição para os candidatos que tiverem cadastro no CadÚnico, que reúne famílias de baixa renda, e a não divulgação dos dados do Enem por escola. A partir desse ano, o exame também deixa de valer como certificado do Ensino Médio. O presidente da Confenen elogiou todas as medidas, mas ressaltou que a data da prova, marcada para novembro, ainda não é a ideal.

SONORA:
Roberto Dornas, presidente da Confenen

“Ainda nos parece que a melhor época para fazer o Enem é aquela que sempre adotou para vestibular: dezembro ou janeiro. Por que? É preciso deixar terminar o ano letivo na escola regular, que normalmente se dá na primeira semana de dezembro, para que esse aluno não fique dividido. Ele tem que atender o ensino regular onde ele deverá concluir o Ensino Médio e ao mesmo tempo ele vai ter que atender o Enem. Ele acaba, na angustia, prejudicado em um deles.”

REPÓRTER:
As mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio foram feitas com base em consulta pública realizada pelo ministério da Educação. Ao todo, cerca de 600 mil pessoas participaram da consulta.

Reportagem, João Paulo Machado

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