LOC.: Sancionada pelo presidente Michel Temer, em fevereiro, deste ano, a reforma do Ensino Médio deve diminuir o número de disciplinas obrigatórias, focando o ensino em quatro áreas do conhecimento, sendo elas: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. Mas o processo para a implementação de todas as mudanças deve ser longo.
Além da ampliação da jornada escolar das atuais quatro horas obrigatórias por dia para sete horas, progressivamente, a reforma determina que 60% da carga horária seja ocupada por conteúdos comuns da Base Nacional Comum Curricular, que está em elaboração. Os outros 40% vão ser escolhidos conforme interesse do aluno.
De acordo com a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, a Confenen, entre as alterações que já estão em vigor, duas chamam a atenção. A autorização para que o professor lecione em uma mesma escola por mais de um turno e a obrigatoriedade da língua inglesa a partir do sexto ano do ensino fundamental. O presidente da entidade, professor Roberto Dornas elogia as mudanças.
TEC./SONORA: Roberto Dornas, presidente da Confenen
“Porque era um besteirol e o professor só podia dar quatro aulas seguidas no turno e mais seis durante o dia em uma mesma escola. Resultado: ele virava ‘taxi’ correndo pra lá e para cá para poder dar aulas em várias escolas durante o dia, ele não ficava em uma escola só. A da língua inglesa obrigatória a partir da sexta série também já está em vigor e também está correta, porque antes era a partir da quinta, mas o fundamental tinha oito anos e hoje tem nove. Depois que o aluno já está alfabetizado que se deve entrar com a língua inglesa.”
LOC.: A Confenen que apoiou com algumas ressalvas a elaboração da nova Lei acredita que a diversificação das disciplinas vai ajudar os alunos a saírem do Ensino Médio mais preparados para enfrentar os desafios do primeiro emprego ou da universidade.
A implementação de todas as mudanças previstas na reforma deve ser finalizada até 2022.
Reportagem, João Paulo Machado