ECONOMIA: Presidente do Cofecon aprova manutenção dos juros e acredita em inflação menor em 2016

Presidente do Cofecon considera adequada a manutenção da taxa atual da Selic de 14,25%

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REPÓRTER: Pela quarta vez consecutiva, o Banco Central decidiu não mexer nos juros básicos da economia brasileira. A decisão anunciada nesta quarta-feira, que manteve a taxa Selic em 14 vírgula 25 por cento, não foi unânime. Seis membros votaram pela estabilidade da taxa e dois por uma alta de meio ponto percentual. De acordo com o presidente do Conselho Federal de Economia, o Cofecon, Júlio Miragaya, a decisão tomada pelo Banco Central, de não mexer nos juros, foi acertada.

SONORA: Julio Miragaya, Presidente Cofecon
 
“Quando se eleva a taxa de juros, com certeza, você está contraindo a demanda, você contrai o crédito, o crédito se torna mais caro seja para contratação de financiamento por parte das empresas, seja para a ampliação do consumo por parte da população em geral, das famílias. E isso, evidentemente, desestimula o aumento de preço. Então, por que adotar uma medida que não vai ter nenhuma eficácia.”
 
REPÓRTER: O Copom considerou não apenas a inflação, mas o atual balanço de riscos do país, as incertezas domésticas e principalmente externas, como justificativa para a permanência da atual taxa de juros, usada pelo banco para controlar a inflação. O presidente do Cofecon, Julio Miragaya, prevê que a taxa de inflação neste ano pode ficar entre seis e meio e sete por cento, bem abaixo da verificada em 2015.
 
SONORA: Julio Miragaya, Presidente Confecon
 
“Vai haver uma menor pressão dos preços administrados, vai haver uma menor pressão do repasse cambial, vai haver uma desaceleração que já está acontecendo muito forte dos preços livres em parte da retração da demanda. Então eu acredito que a gente vai ter uma inflação oscilando entre seis e meio e sete por cento”.
 
REPÓRTER: A taxa Selic serve de referência para os juros que os bancos cobram dos clientes. Se, ela está alta, o crédito fica mais caro e as pessoas tendem a se endividar e a consumir menos freando o aumento de preços. Também fica mais caro para as empresas investir e produzir
 
Reportagem, João Paulo Machado

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