ECONOMIA: Inflação sobe menos e fecha março com alta de 0,43%

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REPÓRTER: A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, perdeu força no mês de março. O índice divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, registrou alta de 0,43 por cento. Essa é a menor taxa para o mês de março desde 2012. Em fevereiro o índice havia subido 0,90 por cento. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA atingiu 9,39 por cento. O resultado não ficava abaixo de dois dígitos desde novembro do ano passado. De acordo com o IBGE, a queda no preço da energia foi um dos fatores responsáveis pela taxa menor em março. De fevereiro para março, a energia elétrica teve queda de 3,41 por cento. O economista Róridan Duarte, coordenador da Comissão de Política Econômica do Conselho Federal de Economia, o Cofecon, avalia que por causa da variação do câmbio, a expectativa é de que a inflação caia ainda mais nos próximos meses. Ele acredita que caso o Banco Central decida reduzir a taxa básica de juros, conhecida como taxa Selic, o Brasil pode retomar o crescimento no próximo semestre.

SONORA
: Róridan Duarte, coordenador da Comissão de Política Econômica do Cofecon
“Tem duas variáveis que é importante a gente considerar. A perspectiva de redução da inflação e, se ela é aliada a redução da taxa de juros, grande partes dos recursos que estão canalizados em investimentos do mercado financeiro, em “títulos”, vão ser redirecionados para a produção, para o investimento. Então, a gente aponta um segundo semestre de retomada do crescimento com este investimento desses recursos.”

REPÓRTER
: Projeções do mercado financeiro já apontam uma taxa de inflação, em 12 meses, em torno de 6,48 por cento. A projeção do índice para 2017 está estimada em 6 por cento pelo mercado e em quase cinco por cento pelo Banco Central. Segundo o presidente do Cofecon, Júlio Miragaya, a queda da inflação aliada à redução da taxa Selic faz com que as condições para investimento sejam recuperadas.

SONORA
: Júlio Miragaya, presidente do Cofecon
“As condições para investimento, equacionado o problema da taxa de juros, elas ficam muito favoráveis. Você tem uma inflação em queda, com a perspectiva de manutenção em patamares mais baixos. O mercado de trabalho, hoje, é um marcado favorável para o investidor, porque é um mercado de trabalho que não pressiona, os rendimentos estão em queda. Então, ele consegue contratar bons profissionais que estão aí, em um patamar salArial menor do que anteriormente.”

 

REPÓRTER: A taxa Selic serve de referência para os juros que os bancos cobram dos clientes. Se ela está alta o crédito fica mais caro e as pessoas tendem a se endividar e a consumir menos freando o aumento de preços. Também fica mais caro para as empresas investir e produzir

Reportagem, João Paulo Machado.

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