ECONOMIA: Índice de confiança de pequenas e micro empresas cai na passagem de fevereiro para março, diz SPC

 

LOC: A confiança dos micro e pequenos empresários brasileiros diminuiu na passagem de fevereiro para março deste ano. O indicador que mede essa confiança atingiu 49,7 pontos na passagem dos meses, o que representa uma queda de 5,2 por cento. As informações são de uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC, e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas. Para a  economista-chefe do SPC, Marcela Kawauti, o resultado do levantamento é coerente com o atual momento da economia do Brasil, que parou de cair, mas ainda não voltou a crescer.

TEC/SONORA: Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.

“Para o ouvinte entender como é essa régua, sempre que o indicador está acima de 50, ele quer dizer que existe otimismo entre os empresários. Quando ele está abaixo de 50 é porque existe pessimismo. Como o indicador está ao redor de 50, o que a gente tem visto é que os empresários estão ali em um compasso um pouco de espera para entender o que vai acontecer. Isso é muito coerente com o momento econômico que estamos vivendo.”

LOC: Além do resultado de queda no indicador, Marcela Kawauti explica que os pequenos empresários ainda estão interessados em investir nos negócios e acreditam no potencial de seu empreendimentos.

TEC/SONORA: Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.

“Tem um dado interessante de que o empresário sempre tem uma visão melhor do próprio negócio do que da economia. Isso significa que, com relação ao próprio negócio, o empresário consegue fazer algumas mudanças que são interessantes. Mesmo que o investimento seja de tempo, e não de dinheiro. Mas com a economia, o empresário não consegue fazer a mesma coisa. Então isso também é interessante em nossa pesquisa”.

LOC: De acordo com o indicador do SPC, 48 por cento dos micro e pequenos empresários estão, de alguma forma, confiantes com o futuro da economia brasileira. Mas quando essa análise leva em consideração apenas a realidade da própria empresa, o índice é maior e chega a 57 por cento dos empresários consultados.

Reportagem, Bruna Goularte