ECONOMIA: Empresários da construção estão menos pessimistas com economia brasileira, aponta CNI

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REPÓRTER: Os empresários do setor da construção estão menos pessimistas com a economia brasileira. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria, a CNI, os índices de expectativa do nível de atividade e de compra de insumo e matérias-primas aumentaram na passagem de abril para maio, atingindo 40,6 pontos e 39,7 pontos. Os índices variam de zero a 100. Os valores que ficam abaixo de 50 pontos indicam maior retração na atividade e no emprego. Quanto menor o índice, mais intenso e disseminado é o pessimismo. Como o índice aumentou, isso significa que o pessimismo diminuiu.
 
Na avaliação da economista Celina Ramalho, que é conselheira do Conselho Federal de Economia, Cofecon, os dados refletem uma primeira reação do setor de construção frente à crise que a economia brasileira atravessa.
 
SONORA: Celina Ramalho, economista e conselheira do Cofecon
 
“O primeiro sintoma de recuperação da economia deve conter a recolocação dos trabalhadores desempregados. Ao meu entender, essa situação de desemprego não deve ficar pior do que está. A atividade econômica já apresenta melhores sintomas, apresentando novos arranjos produtivos, comerciais e financeiros, a partir da situação de crise. Esses fatores apontam a recuperação da economia como um todo. Eu entendo que essa onda de otimismo deva prevalecer daqui para diante”.
 
REPÓRTER: Na opinião da economista, o desemprego na construção não deve aumentar. Celina Ramalho comenta que o setor imobiliário também garante o espaço necessário para a indústria da construção civil.
 
SONORA: Celina Ramalho, economista e conselheira do Cofecon
 
“A população brasileira tem déficit habitacional, o que também assegura o espaço do setor de construção civil.  Por sua vez, as indústrias e comércio demandam estrutura também. Independentemente do momento de dificuldades pontuais da economia brasileira, o setor de construção civil tem sua relevância garantida e assegurada para essa fase de recuperação da economia brasileira”.
 
REPÓRTER: Por isso, os investimentos na indústria da construção precisam ser mantidos, inclusive porque o setor influencia a pauta de exportação brasileira.
 
SONORA: Celina Ramalho, economista e conselheira do Cofecon
 
 "O setor de agropecuária, que é a principal pauta de exportação do produto brasileiro, demanda investimentos em infraestrutura, desde o armazenamento dos produtos até seu processamento, conservação e transportes rodoviário, ferroviário, fluvial e marítimo e a saída do produto do país. Para isso, os investimentos em construção civil são necessários". 
 
REPÓRTER: O levantamento da CNI foi feito entre o dia dois e 12 de maio com 607 empresas, das quais 191 são de pequeno porte, 274 são médias e 142 são de grande porte.
 

 

Reportagem, Bruna Goularte

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