ECONOMIA: Contas do país continuam no vermelho. Receitas são as piores dos últimos 17 anos

Especialista acredita que sem ajustes fiscais a economia do país vai continuar com saldo negativo

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REPÓRTER: Nos três primeiros meses deste ano, o Brasil registrou o pior resultado financeiro dos últimos 17 anos para o período. O Tesouro Nacional divulgou nesta terça-feira, o balanço das contas do primeiro trimestre de 2015. Os números revelam que, as receitas do governo, ou seja, o dinheiro arrecadado em impostos, por exemplo, caíram quatro e meio por cento em comparação com o mesmo período do ano passado. O superávit primário, que é um fundo onde o governo deposita recursos para pagar dívidas, também caiu mais 65 por cento. O especialista em Economia da Universidade de Brasília, Roberto Piscitelli, explica que, a economia vai demonstrar recuperação apenas quando o pacote de medidas de ajuste fiscal for aprovado no Congresso Nacional.

SONORA: especialista, Roberto Piscitelli
 
“A gente só consegue aumento da arrecadação e obtenção de maiores superávits primários, que possibilitem obter, chegar, atingir, alcançar a meta que foi proposta pelo governo, à partir do momento em que aprovar as medidas propostas de ajuste fiscal que estão no Congresso, em relação às quais a oposição está opondo tanta resistência e também à partir do momento em que se reverter a alta das taxas de juros.”
 
REPÓRTER: A queda da arrecadação do país no primeiro trimestre de 2015 foi de mais de 319 bilhões de Reais. Na contramão, o governo Federal aumentou os gastos que subiram três e meio por cento, mas em comparação aos três primeiros meses de 2014, as despesas do governo caíram quase um por cento. O especialista, Roberto Piscitelli, acredita que, mesmo com diante dos números negativos a economia do país está demonstrando sinais de que pode se recuperar.
 
SONORA: especialista, Roberto Piscitelli
 
“Se a gente decompuser o primeiro trimestre, por exemplo, vai verificar que há uma tendência de melhoria, eu diria bem acentuada ao longo do trimestre. Em janeiro houve uma queda bem acentuada da arrecadação em relação ao mesmo período no ano anterior. Em fevereiro essa queda foi menor e já em março houve um aumento real. Não foi assim, nada excepcional, mas já houve um aumento real da arrecadação.”
 
REPÓRTER: Além das receitas e dos gastos do país, o Tesouro Nacional divulgou ainda, que os investimentos do governo Federal caíram cerca de 30 por cento. Em comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o país deixou de investir cerca de oito bilhões de reais.
 
Reportagem, Sara Rodrigues

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